Aldina Duarte é a simplicidade. E a simplicidade desarma. Vi-a, há dois anos, no Senhor Vinho, em Lisboa, a encher, a contagiar a sala. Ontem, vi-a na Casa da Música, no Porto. Pareceu-me uma espécie de peixe fora-de-água. Como se o fado que canta não coubesse numa sala de ostentação. Uma sala preenchida por pouco mais de metade da lotação. Quem estava, estava de corpo e alma. Inteiro. Mas ela quase não falou. Disse uma única vez um "obrigada". Quase sussurrado. Ninguém se importou. Aldina Duarte não precisa de palavras faladas. Houve encore. "Ai meu amor se bastasse". E aplausos de pé.
segunda-feira, novembro 20, 2006
Aldina Duarte na Casa da Música
Aldina Duarte é a simplicidade. E a simplicidade desarma. Vi-a, há dois anos, no Senhor Vinho, em Lisboa, a encher, a contagiar a sala. Ontem, vi-a na Casa da Música, no Porto. Pareceu-me uma espécie de peixe fora-de-água. Como se o fado que canta não coubesse numa sala de ostentação. Uma sala preenchida por pouco mais de metade da lotação. Quem estava, estava de corpo e alma. Inteiro. Mas ela quase não falou. Disse uma única vez um "obrigada". Quase sussurrado. Ninguém se importou. Aldina Duarte não precisa de palavras faladas. Houve encore. "Ai meu amor se bastasse". E aplausos de pé.
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Devo confessar que me senti muito tranquila e confortável neste concerto, dos nossos melhores de sempre (sem falsas modéstias), falo do ponto de vista musical criativo e interpretativo; senti 600 pessoas à minha espera o que à partida me desafia e comove muito sempre, senti que, não estando exactamente em "casa", estava na casa de pessoas que me queriam bem, e ouvir e ver no meu melhor, e foi assim que nos demos com tudo o que tínhamos com toda a coragem e prazer da partilha; nunca falo durante os concertos porque entendo as histórias que canto, e a sequência das mesmas, como uma conversa com o Público que me ouve. Fora dos concertos ( como aliás sabe!) adoro conversar!
ResponderEliminarAté sempre e obrigada!