Coisas que sabem realmente bem nos dias que correm... Ler uma entrevista feita por um jornalista que leu mais livros aos 40 e poucos anos do que eu hei-de ler a vida inteira, mesmo se estou sempre a ler. Que faz entrevistas como ninguém, em que todas as perguntas são de um conhecimento de causa, de uma pertinência e de um sentido que fazem salivar. E que me fazem ter vontade de sair imediatamente de onde estou para ir a correr comprar o livro e desatar a lê-lo. Luís Miguel Queirós entrevista hoje, no Ípsilon, Howard Jacobson, Booker Prize graças a "A questão Finkler". São dez minutos de puro prazer.
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ofereceram-me esse livro em Inglês no Natal. Ja leste? Não sei bem do que se trata ainda.
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Vou comprá-lo hoje, mal saia daqui. Vou transcrever a entrada da entrevista:
ResponderEliminar"Howard Jacobson já tinha escrito uma dezena de livros, pouco conhecidos, fora do mundo de língua inglesa, quando "A questão de Finkler" ganhou o Booker Prize e lhe assegurou uma internacionalização meteórica. O júri, pouco dado a premiar romances cómicos, deixou-se seduzir pela divertidíssima história de Julian Treslove, um pacato inglês que inveja a tal ponto o seu melhor amigo, o judeu Sam Finkler, que tenta transformar-se, ele próprio, num judeu.
Mas esta é também a história de Finkler, um judeu que detesta o judaísmo e dirige uma associação de "judeus envergonhados". E de Libor Sevcik, um viúvo de 90 anos que privou com Garbo, Dietrich e Monroe, mas cuja única paixão foi a sua mulher, Malkie, cuja morte não consegue ultrapassar.
Um livro hilariante, mas que deixa um amargo de boca. Jacobson quer que os leitores se riam, mas que se engasguem com o riso.
(HJ é considerado o Philip Roth inglês.)
Ser um tipo vivo e ser considerado outro tipo vivo parece-me um bocad(it)o desprestigiante... mesmo que seja o Roth (do qual também não tenho a melhor das opiniões, o que poderá estar a influenciar, um bocad(it)o, este comentário)
ResponderEliminarErrata: não tenho a melhor das opiniões sobre o recente trabalho dele
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