É tramado quando um filme mau (demasiado mau para aquela quantidade de bons actores) nos bate tanto. Significa que estamos mais perto dele do que gostaríamos. Este é sobre a crise financeira, sobre presidentes de empresas que ganham por ano 700 vezes mais do que o funcionário de salário médio e que na hora de aperto (?) decidem sempre pelo downsizing. Despedir. Três, quatro, cinco mil funcionários, os que forem precisos. Sobre gente qualificada que fica desempregada aos 60 anos. Sobre gente qualificada que fica desempregada aos 35. Sobre gente que estudou tudo o que havia para estudar. Sobre gente que acreditou que, trabalhando, podia progredir, sustentar uma casa e uma família. Sobre gente que acreditou que podia para sempre viver perto da família. Não emigrar. Este filme é sobre gente que perdeu tudo para que uma minoria possa continuar a ter ilhas e aviões privados, jantares de 500 dólares e noites em suites de hotel de cinco mil dólares. É sobre gente que conseguiu recomeçar do zero e sobre gente que suicidou. Este filme é sobre a roleta russa que já somos. Infelizmente, a nossa vida não é um filme americano. Quem sabe quem terá direito a um happy end?
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