[Foto: JMG]
Eu quero que o primeiro-ministro seja mais capaz que a grande maioria, que seja um exemplo e nos inspire a melhorar, não quero que seja como nós, o povo, porque o povo chega atrasado, junta-se à porta dos tribunais para arrear nos arguidos, pára na estrada se passa por um acidente, deixa-se arrebatar por músicas de Verão como “I got a feeling”, vê demasiada merda na televisão, mete baixa para ir de férias, não passa factura e não tem pagamento por multibanco para poder tourear as finanças.
Mendes Bota também disse: “Ele é um homem que passa férias junto aos outros, aos normais portugueses, não passa férias em hotéis de luxo e de cinco estrelas. Este homem compreende o povo porque vem do povo.” Já Mendes Bota não compreende o povo, que gosta mais de ser povo se não tiver se não tiver de viver num caixote de betão e marquise em Massamá e puder ir passar uns dias ao Brasil num hotel com pulseirinha de tudo incluído.
Já diziam os Homens da Luta: “E o povo, pá? O povo quer dinheiro para comprar um carro novo, pá.” O povo, como o entende Mendes Bota, já não existe. O povo já não quer ser do povo.
Hoje, no I
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