sexta-feira, novembro 30, 2007
RAP no Y
quinta-feira, novembro 29, 2007
O mau exemplo do Público
quarta-feira, novembro 28, 2007
Migala - The guilt
succumb to the disaster of everyday,
to let me go, let of cling to...
I guess it would be possible
to crash with one of the strangers
that I cross by the street
and have a premonition of happiness.
But now,
it's sure that I can't,
and probably that's why one ghost comes every night
to rock my stupid guilt,
and why its way's a ring of fire.
And when I finally sleep it's always the same dream,
sand falling fast in a glass bell.
The sand very clean,
the glass so weak.
http://www.youtube.com/watch?v=wUwoVScV1QM&NR=1
terça-feira, novembro 27, 2007
MST responde a VPV na Sic Notícias
segunda-feira, novembro 26, 2007
Jornalismo pop
domingo, novembro 25, 2007
Antes do fim do Bolhão
sábado, novembro 24, 2007
O lodo do Público
sexta-feira, novembro 23, 2007
Libração, Cunillé
"Libração" é uma texto para duas mulheres (Carla Miranda e Maria do Céu Ribeiro). Sobre duas mulheres. Que precisam falar. Que precisam que as ouçam. Dois corpos quase inertes, com as vidas suspensas não se sabe porquê, à procura de qualquer coisa que também não se sabe bem o que é. A felicidade? É irremediavelmente sobre a solidão. Ou sobre a solidão irremediável. Ou será só a mesma mulher ao espelho? É a mesma coisa. "Libração" é a vida toda em três dias que só existem à noite dentro de uma caixa onde quase não se respira. É a necessidade de alguém entregar-se a alguém, temendo (sabendo?) que antes de dar sequer metade de tudo o que tem para dar, já a outra pessoa está cheia. E estando cheia, como poderá voltar?
É quase um jogo de meninas. Não há outra coisa senão a expectativa de voltarem ali, outra vez, noites-após-noite, àquele parque, que parece de repente ser o único local onde tudo é ainda possível. Onde elas, as duas meninas-mulheres-de-ninguém, podem renascer, reiventar-se, passar talvez a pertencer a alguém. Ou não. Se é um jogo, é terrivelmente desarmante. Comovente.
Na encenação de Cristina Carvalhal, a peça de Lluisa Cunillé parece um doce filme francês. Duas actrizes embrulhadas na fazenda dos casacos, a debelarem-se contra o frio de uma qualquer cidade (Paris?) que há-de imitar-lhes o frio que têm dentro. Carla Miranda, a menina-mulher curiosa, deslumbrada, pueril (Amélie Poulan?), a falar mais por silêncios, silêncios que são socos, do que por palavras; Maria do Céu Ribeiro, a menina-mulher-quase-maria-rapaz, que tem tanto medo como a outra, que precisa tanto de alguém como a outra, que é tão insegura e tão frágil como a outra, mas faz de conta que não. Não queres vir amanhã? Tanto faz. Tanto faz?
Às vezes é preciso tão pouco para fazer uma peça boa....
Libração
Teatro da Trindade, Lisboa
De hoje até 2 de Dezembro
TEXTO: Lluïsa Cunillé; ENCENAÇÃO: Cristina Carvalhal
ELENCO: Carla Miranda e Maria do Céu Ribeiro; PRODUÇÃO: As Boas Raparigas
quinta-feira, novembro 22, 2007
Control
Acabo de ver o "Control", perspectiva altamente inquinada de mulher despeitada [Deborah Curtis] - não tão inquinada, apesar de tudo, como o livro "Carícias Distantes": medíocre - e não consigo abstrair-me da idade do rapaz: 23 anos!! Um mito?! Mas por que raio?!
Não quer dizer que o filme não seja quase bonito. É. E há sempre a música...
quarta-feira, novembro 21, 2007
Voa comigo esta noite
terça-feira, novembro 20, 2007
Evening
Éramos sete pessoas à meia-noite. Uma desistiu logo no genérico. Sobraram três casais. Um, meia idade, fila da frente, cabeças encostadas em pirâmide; outro, idade mental das pipocas, escolheu sentar-se ao nosso lado quando havia pelo menos 300 lugares livres na sala; e nós: eu e um crítico. A companhia colocava-me imediatamente em clara desvantagem. Ao lado de um crítico até é possível rir sem motivo aparente, mas é estritamente proibido chorar. E eu passei três quartos da sessão a chorar. Copiosamente.
Como sempre, escapam-me as elaboradas considerações sobre interpretação, fotografia ou consistência do argumento. Não sei se "Evening" - do mesmo autor de "As Horas", o escritor norte-americano Michael Cunningham - é bom ou mau; mas sei que não consegui não deixar-me levar na torrente da memória de Ann Grant: no leito alvo da morte interpretada pela divinal Vanessa Redgrave; corpo cobiçado de Claire Danes na juventude.
Evening é uma viagem, quase de redenção, pelo que Ann desejou e não cumpriu: o reconhecimento como cantora, a relação com as duas filhas, a morte do amigo que não evitou e, claro, o amor que se quer para sempre. Mas que só é para sempre quando a imagem que dele se guarda não envelhece. E que só não envelhece se não se ficar com ele, com o amor. "O primeiro erro é como o primeiro beijo: nunca se esquece". Onde é que ela errou? Errou?
The good & the bad guy
I make you out to be the bad guy
& though it's true
Sometimes you're the bad guy
You're still mine
Sometimes when I paint the picture
It's easier just to remember
The awful things you said
& what you chose to do with legitimate need
You made like a fool but you're still mine
And I want you
I want you
I do
Why does it hurt more to recall
Your good side
I always went to you for advice
You were a wise one then
When I think about you in that time
It's harder to hate you then
But sometimes I want to hate you as the bad guy
But I want you the good & the bad guy
[The brightest diamond]
segunda-feira, novembro 19, 2007
Vasco Pulido Valente vs Maria Filomena Mónica vs Miguel Sousa Tavares vs Constança Cunha e Sá vs Clara Ferreira Alves
domingo, novembro 18, 2007
After party
sábado, novembro 17, 2007
José Luís Peixoto
sexta-feira, novembro 16, 2007
Lula Pena
quarta-feira, novembro 14, 2007
Sete anos depois...
Lá estava eu, 23 anos acabadíssimos de fazer. Os sonhos todos no peito. E à minha frente uma equipa inteira, com a qual nunca tinha sonhado, à espera que me espatifasse na primeira curva sem que eu percebesse muito bem porquê. Ainda nem sabia o nome deles. Saberiam eles o meu? E como poderia haver logo tantos rótulos e tão má vontade para com alguém que ainda mal tinha chegado? (Deviam ensinar-nos na escola que a timidez é facilmente confundida com arrogância e a arrogância não é bom cartão de visita para ninguém.)
Aceitei o horário da manhã, consciente de que nunca o haveria de cumprir, porque era aquele em que via menos gente. Não devem ver-se pessoas que não estão dispostas a aceitar os outros. De cada vez que chegava, com uma hora de atraso, lá tinha o recado de sempre: “Quando chegar, ligue-me. Tem isto e isto e isto para fazer”. E depois, os discursos oscilavam entre uma hospitalidade que me soava estranha ("Eu mostro-te como é...; "Eu digo-te como se faz.."; "Ah, filha, se eu tivesse a tua idade!..."), algumas abordagens de comparação académica ("No meu tempo era assim..."; "Agora é assado...") e as clássicas tentativas de sedução sexista. Rezava sempre para que não me convidassem para almoçar. Às vezes, convidavam. Nesses dias só me apetecia fugir! Culpa dos outros? Mais minha, seguramente.
Saía às seis da tarde a jurar que não voltaria no dia seguinte. Recebia telefonemas repetidos. Amigos me queriam brindar-me com uma palavra de consolo. Que nunca consolava... Sentia que me tinha enganado (mas assim, tão depressa? Seria possível?): que me tinha achado melhor do que realmente era. E que era aquele local onde, por mil e um motivos, nunca pensei trabalhar, que mo estava a demonstrar. Não era só o despenhamento do ego. Era também o despenhamento de um futuro que, pela primeira vez, não estava a conseguir controlar. No meu imaginário, aquilo deveria ser uma fábrica de operários transformadores de mundos. E nunca de alpinistas profissionais. Se era isso, como poderia ser feliz ali?
E, no entanto, quando pouco depois surgiu o convite para Lisboa, não tive coragem de ir. Ainda hoje não sei bem porquê. Era o ano da Capital Europeia da Cultura e não queria sair da cidade nesse ano. Deslumbrada por conhecer o Seamus Heaney, o Lobo Antunes (mesmo que ele não tenha achado o mesmo), o Sepúlveda; febril e infantilmente entusiasmada com tudo o que estava a acontecer, achava mesmo que naquele ano não poderia sair. Era um ano fundamental para compensar a minha gritante falta de bagagem cultural e de quase tudo. Havia demasiados nomes (do teatro, da dança, das artes plásticas...) que só conhecia dos livros e dos jornais a fazer escala ali, como poderia não querer ficar? Ainda por cima, diziam que era o início de um novo ciclo. E eu não sabia que não podia acreditar. Como não sabia que não era possível mudar o mundo.
segunda-feira, novembro 12, 2007
sábado, novembro 10, 2007
10 mentiras sobre a durabilidade do Amor
4. A perda de efervescência do sexo. O sexo é como o amor: só não há amor como o primeiro para quem não tem paciência para esperar pelos seguintes.