1. A famigerada crise dos sete anos. A maior e talvez a mais estúpida das mentiras. O amor não é uma bomba-relógio, nem um despertador com alarme sonoro que ao bater do 84º mês avisa: "Trrrim... Trrrim... Você acaba de ser abatido por um chorrilho de dúvidas e impaciências. A partir daqui só pode piorar. Abrevie caminho e separe-se já."
2. Impossibilidade de resistir quando ambos vivem e trabalham juntos. Quem disse que não é possível viver e trabalhar e cumprir o infinito resto do quotidiano todos os dias e ainda assim sentir que se houvesse mais um minuto seria para os dois, mentiu.
3. A amizade sobrepõe-se à paixão. Há amizade sem paixão, mas não há paixão sem amizade. A frase é um cliché; o amor que só sobrevive quando integra a paixão e a amizade, não.
4. A perda de efervescência do sexo. O sexo é como o amor: só não há amor como o primeiro para quem não tem paciência para esperar pelos seguintes.
4. A perda de efervescência do sexo. O sexo é como o amor: só não há amor como o primeiro para quem não tem paciência para esperar pelos seguintes.
5. Impossível repetir o alvo da paixão. Deve ser uma dádiva não estar apaixonado por uma pessoa, mas apaixonarmo-nos por ela de todas as rigorosas vezes que a olhamos. Sim, é uma dádiva. Talvez rara, mas possível.
6. A (in)superabilidade de uma traição sem sequelas. Não há traição sem vontade de morrer a seguir. Mas quando não se morre, recupera-se. Mesmo quando não se acredita que a ferida sare, acorda-se um dia de manhã e não há sequer uma cicatriz para testemunhar o episódio.
7. Só há traição quando já não há amor. Outra mentira pegada. A traição tem mais a ver com a tentação (quem nunca teve uma tentação que ponha o dedo no ar!) que representa o terceiro elemento do que com a falta de virtude do primeiro ou o vazio do que faz a ponte entre os dois.
9. Férias, jantares, fins-de-semana, noitadas: só em grupo. Há quem só abra uma excepção de vez em quando para deixar entrar alguém. E nunca é tão bom como quando as mãos são só quatro.
10. Dias contados para quem ainda não pensou casar e ter filhos. Mentira que resume a mentira da sociedade. Demasiado preocupada em viver de acordo com o Livro de Estilo comum esquece-se de ser realmente feliz. À sua maneira.
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