O Papa condenou a autorização judicial para a morte por eutanásia de Eluana, em coma há 17 anos. A italiana, que sofreu um acidente rodoviário aos 20 anos, já viveu quase tanto em coma como em vida viva. Mas para o Vaticano esse sofrimento ainda não é suficiente.
“A eutanásia é uma falsa solução para o drama do sofrimento, uma solução indigna do homem”, declarou o senhor Bento, suscitando aplausos da multidão dos fiéis concentrados na Praça de S. Pedro, no Vaticano. “A verdadeira resposta não pode ser proporcionar a morte, por muito suave que ela seja, mas sim testemunhar amor para ajudar a enfrentar a dor e a agonia”.
Importa-se de repetir?
As declarações encontraram eco, também, no chefe da Igreja italiana, monsenhor Angelo Bagnasco, que esta semana voltou a afirmar que “parar alimentação e a hidratação de uma pessoa significa conduzi-la a uma eutanásia inaceitável”. Por que raio a Igreja não mata a fome a quem a tem? E são cada vez mais?
O ministro da Saúde do Vaticano, o cardinal Javier Lozano Barragan, foi ainda mais longe na sentença sobre a decisão da família: trata-se de um “assassínio abominável".
É por estas e por outras que a Igreja tem cada vez menos fiéis...
Cara Helena, sobre um caso semelhante a este (deste não conheço o detalhe) escrevi um texto em 2005:
ResponderEliminarhttp://taf.net/opiniao/2005/03/cobardes.htm
Aqui não se trata de eutanásia. Eutanásia é uma coisa bem diferente e, em minha opinião, cada caso é um caso e deve ser ponderado:
http://taf.net/opiniao/2005/04/indignidade.htm