domingo, fevereiro 25, 2007

O Porto visto de Lisboa III

"É disto que os políticos gostam, poderem aparecer como humanos". A frase, sentida, genial e certeira, foi proferida pela vizinha do lado a propósito dos perfis de Rui Rio e Luís Filipe Menezes - os dois príncipes do Norte - assinados, no domingo passado, por Paulo Moura na Pública.
Rui Rio, igual a si próprio, revelou-se um lobo solitário, um justiceiro sem medo decidido a por na ordem todos quantos ousem contestá-lo. E o jornalista de Lisboa foi o primeiro a dar ordeiramente o exemplo: não o contestou. O retrato era o de um homem sério, rigoroso, impoluto, visionário, superior. Uma ficção, portanto.
No dia seguinte, José Manuel Fernandes, que já por mais do que uma vez deu provas de não saber o que é e o que se passa realmente no Porto, não suficientemente satisfeto com o açucar da prosa, colocou na última página do diário uma seta ascendente sobre o autarca, sublinhando as suas imensas qualidades e inigualável coragem por ter dito o que disse.
Estranho? No mínimo!
O director do Público esqueceu-se apenas de dizer que Rui Rio, depois de ter reflectido sobre o seu próprio discurso, ameaçou accionar uma Providência Cautelar para impedir a publicação da reportagem. A que preço terá aceite voltar atrás? Está à vista, mas o jornal não descansa. Ontem, José Augusto Moreira, que nem sequer é de Lisboa, voltou a louvar a "visão pragmática" do presidente da Câmara, a sua "lucidez e sagacidade - raras na política actual".

1 comentário:

  1. O que o rui rio é, até de Marte se consegue perceber...mas esta coisa do "jornalista de Lisboa"...e os do Porto, e lá em baixo e cá em cima e...já não se aguenta, é um sinal de pura ingnorancia, ancorado num discurso rasca, futebolistico, bairrista xunga...enfim muito mesmo demasiado próximo do tipo de regurgitações tão ao jeito do visado rui... por favor, quando acabará este ódio provinciano ao sul... venha ráqpido o TGV que eu Lisboeta adoro o Porto bem como todo o meu país e que bom ir numa hora e picos a tempo de beber uma cerveja na Ribeira, passear com amigos em Serralves, e voltar a tempo do telejornal no meu sofá do Bairro alto...

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