A análise sobre a gestão cultural do país intitula-se "Fim da Festa" e vem publicada na Magazine Grande Informação, revista mensal, claramente de Direita, que leio desde a primeira edição e que agora vou deixar de ler.
Henrique Silveira, o autor, condena toda a estratégia cultural do Governo, passando pela Cinemateca Portuguesa e o Instituto Português de Museus, devido aos cortes que ultrapassam os 20%, insurgia-se contra a possibilidade de a Colecção Berardo ir para França e contra as nomeações da Gulbenkian, etc, etc, etc... E abria um curioso parágrafo dedicado ao Porto, onde esbanjava ignorância e mostrava como é triste falar de cor.
"...Apenas a Casa da Música, situada no Porto, de onde é oriunda Isabel Pires de Lima e, curiosamente, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, tem um acréscimo muito significativo que deu para contratar a santanete Guta Moutra Guedes para reformar o design da Casa da Música".
"O menino querido de Isabel Pires de Lima, Pedro Burmester, pianista oriundo do Porto e autor da ideia 'seminal' da Casa da Música é o seu actual director artístico e conseguiu o mérito de, com mais dinheiro, conseguir uma programação infinitamente inferior à do anterior director artístico, o reputadíssimo Antony Withworth-Jones".
É curioso, porque a programação para 2007 ainda nem sequer foi apresentada. Só é conhecido o primeiro trimestre. Mas o Porto, visto de Lisboa, continua a ser um mistério.
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