quinta-feira, novembro 18, 2010

88 anos depois da morte de Marcel Proust

[Gunter Rossler]

E a doença que era o amor de Swann havia-se multiplicado tanto, estava tão estreitamente amarrada a todos os seus hábitos, a todos os seus actos, ao seu pensamento, à sua saúde, ao seu sono, à sua vida, até mesmo àquilo que desejava para depois da sua morte, formava com ele tão praticamente um todo, que não seria possível arrancá-la dele sem destruí-lo quase por inteiro: como se diz em cirurgia, o seu amor já não era operável.

Marcel Proust in Um amor de Swann

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