quinta-feira, fevereiro 02, 2006

PM

Passaram seis anos, oito meses e dois dias desde que decidiste desistir. Se não o tivesses feito, farias hoje 32 anos. Ainda não aprendi a esquecer-me da tua data de aniversário. Não sei como é que se faz para esquecer. Para esquecer o dia em que faltavas às aulas e acordavas muito cedo para o dia ser maior. Passaram 15 anos e tal desde aquele Dezembro em que conversamos pela primeira vez. A primeira vez de todos os dias durante tantos anos. Cinco? Mais? Se não tivesses ido embora, ainda hoje guardaríamos os segredos um do outro. Eu teria continuado a guardar a tua vontade de morrer se tu não tivesses quebrado a promessa. A promessa de que nunca o farias.

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