"A menina é paulista?", pergunta o cliente, sexagenário inofensivo. "Não, baiana", responde a empregada do Guarany, olhos escuros em pele torrada, ao mesmo tempo que distribui pela mesa as entradas para o almoço. "Porque é que gosta sempre de meter conversa com as pessoas? Já da última vez, no Cafeína, meteu conversa com aquela rapariga da Rússia...", ironiza o amigo, metade da idade, sentado à frente dele. O homem sorri. "Porque se não falar com as pessoas sufoco. Morro. As pessoas existem para falarmos com elas".
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário