terça-feira, fevereiro 21, 2006

Friendship


Pela primeira vez desde que me tornei numa dessas criaturas independentes, que vivem do seu próprio salário, dou comigo com esta sensação esfusiante que é ter no local da labuta diária um amigo. Um amigo de verdade. Daqueles que vêm dos tempos em que ainda nem era maior de idade. Daqueles que nos fazem tremendamente felizes só por existirem. Daqueles que conhecem de cor os nossos defeitos e gostam de nós assim, na nossa imensa imperfeição. Desafiam-nos em privado, mas protegem-nos em público. E a sensação, que sempre imaginei que seria boa, é ainda muito melhor. Pela primeira vez sinto-me em casa. E dou comigo a pensar como seria trabalhar só com amigos. Com pessoas que seriam absolutamente incapazes de nos atropelar e com quem o entendimento chega antes das próprias palavras. Continuo, por isso, a não entender porque razão as pessoas que mandam separam as pessoas que gostam verdadeiramente umas das outras. A competência tem alguma coisa a ver com o amor?

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