Pedro Burmester regressou, finalmente, a Casa. Por muitas vezes que tenha sido dito e escrito, nunca é demais lembrar que a Casa, que se supõe ser de todas as músicas, só existe porque ele a pensou. Foi ele - não foi a Teresa Lago, nem o Rui Amaral, nem o Alves Monteiro, nem o Couto dos Santos. Não foi o Carrilho (apesar do simpático empurrão), nem o Santos Silva - o Artur e o Augusto -, nem o Sasportes, nem o Roseta, nem a Bustorff, nem a Pires de Lima. Não foi, definitivamente, Rui Rio, nem sequer Fernando Gomes. Nem, apesar de tudo, Manuela de Melo ou Marcelo Mendes Pinto. Todos, nos seus diferentes papéis de administradores ou fundadores ou autarcas ou ministros ou vereadores da cultura, opinaram e espernearam. Mas não foi nenhum deles que a pensou; foi Pedro Burmester. E pensar consistentemente uma estrutura daquelas, com todas as ramificações que entretanto adquiriu, não é um feito pequeno. Esperemos que, desta vez, o deixem trabalhar. De uma vez por todas. E que hoje seja o primeiro dia do resto da vida de uma Casa da Música séria e de excepção.
P.S.: Convém recordar Suzana Ralha e Fausto Neves que, não tendo pensado a Casa da Música, nem fazendo já parte da equipa, desevolveram alguns dos projectos mais notáveis a que assisti nesta cidade.
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