(Fotografia: José Miguel Gaspar)
Há dias assim em que se sente necessidade de apalpar o que existe de bom nos dias maus. E perceber qual é o denominador comum que povoa todos esses dias em que as horas não passam e os minutos parecem esconder-se dentro deles próprios estancando o tempo. Falo dos dias que têm que continuar a ser forçosamente maus porque não podemos levantar-nos da cadeira e mandar tudo à fava. E descobri! São duas coisas. Apenas duas coisas atenuam o tédio dos meus dias maiores, na impossibilidade de ir embora passear na praia, mãos noutras mãos ou mãos num livro. Ou pintar, ou dormir, ou dançar, ou fazer qualquer coisa que não seja a fazer de conta.
As coisas boas têm que ser partilhadas. Não precisam agradecer. A primeira, entregue ao domicílio por um amiguinho do rock, chama-se Pandora. É uma estacção de música ao nosso inteiro dispor. Pedimos o disco, o artista ou a canção e ela vai por ali fora, sozinha, a satisfazer-nos os caprichos. De borla! Nem vou falar das vantagens de ter a alma protegida por phones e alheada do mundo. Isso é outro assunto. A segunda, gentimente confessada por um amiguinho 'red', chama-se "O fim do mundo em cuecas". Isso mesmo, e é o blogue - escrito por uma das pessoas mais inteligentes que conheço -, com o árduo dom de temperar o meu humor.
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