sexta-feira, dezembro 10, 2010

Michael Cunningham


"Em arte, o heróico e o ideal foram eliminados muito antes da tragédia do 11 de Setembro. A pintura, por exemplo, há décadas que se tornou decididamente irónica, desenraizada e não-bela. Tal como a minha personagem Peter Harris pergunto-me se estaremos no melhor dos caminhos para esta espécie de dieta espartana nas artes que proíbe o Belo, o heróico e o ideal. (...) Interessa-me o facto de um belo objecto não ter poder para animar ou consolar. Podem chamar-me antiquado, mas continuo a considerar que uma das finalidades da arte é, não só desafiar-nos, mas ajudar-nos a recordar que a nossa vida merece ser vivida."

[Michael Cunningham, hoje, em entrevista ao Ípsilon, a propósito do livro "Ao cair da Noite"] 

1 comentário:

  1. as correntes e debates mais recentes da estética voltaram - graças a deus - ao tema do belo. depois de anos a fio no elogio do inócuo.

    j

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