Nos últimos 18 meses quase todas as minhas amigas tiveram bebés. Quase todas pela primeira vez. A Sofia, em Braga, teve a Francisca, uma menina linda, que é, com um orgulho imenso, minha afilhada. A Lurdinhas veio propositadamente da Madeira para ter as gémeas Inês e Leonor, duas bonequinhas que parecem ter sido desenhadas com o mesmo rigor que a mãe usa para fazer desenhos únicos. A Claudinha teve, também em Braga, a Maria, que hei-de conhecer um destes dias, mas a quem não restará outra destino que não o da grandeza dos pais. A Regininha, em Lisboa, teve o Gustavo, a quem também ainda não fui apresentada, mas que imagino com o absolutamente irresistível charme da mãe. A Helena, no Porto, teve o risonho Ricardo para fazer companhia à Júlia, uma menina que parece grande e que dá vontade de roubar. A Sandoca, em Vila Real, teve o David, a quem já não faltam candidatas a namoradas. A Ana, em Guimarães, teve a Margarida, que recordo acabadinha de nascer, com os olhinhos ainda sem força para abrir. A Nina, em Fafe, teve a Maria, um piolhinho irrequieto que nunca chora. E a Cândida teve, esta semana, também no Porto, a Laurinha, que espero ter no colo nos próximos dias. O Tiaguinho, em Lisboa, foi pai outra vez. Desta vez, do Francisco, que está a aprender, tal como o irmão João, a chamar-me tia. E o outro Tiago, de Ovar, deu ao Gustavo, que me proporcionou a mais encantadora visita ao Oceanário, a mana Clarinha, a bebé com o olhar mais comovente que já conheci.
De repente, entraram doze crianças novas na minha vida. E a inexplicável alegria que isso me provoca é um privilégio impossível de agradecer.
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