É disto que eu gosto no Público - uma espécie de liberdade, única na imprensa nacional, que permite aos jornalistas-cronistas-outros criar uma espécie de novela retórica, que nos obriga a ansiar pela edição do dia seguinte. E isto não é ironia; é inveja.
Depois da saudosa dupla José Manuel Fernandes - Ana Sá Lopes (que agora habita com Vanessa no DN) que se agrediam verbal, alegre e frequentemente nas crónicas como dois daqueles tanços de luta livre, é agora a vez de São José Almeida e, claro, Vasco Pulido Valente.
Ela escreveu ontem sobre o recentemente criado movimento cívico "Não Apaguem a Memória", subscrevendo-o. "É a noção exacta do que representou a ditadura fascista de Oliveira Salazar e de Marcello Caetano que dá o real valor e a real dimensão da importância única, insubstituível da democracia", defendeu. Hoje, VPV insulta-a ferozamente, acusando-a de ser ignorante e de não saber a diferença entre Salazar e Marcelo Caetano. "SJA clama eloquentemente contra a irresponsabilidade".
No meio da pasmaceira triste, que são os jornais de Verão, impregnados de inquéritos mentecaptos, sugestões de férias balofas e reportagens que não lembram ao diabo, é saudável acompanhar este tipo de batalha. Aguarda-se a resposta de São José Almeida. A bem da sanidade dos leitores.
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