Há dois ou três socialistas neste país que admiro profundamente, quase cegamente, e que são os responsáveis por ser eu também socialista. Com orgulho, obrigada. Mário Soares é um deles, o maior deles. E, no entanto, Soares é diferente. Porque a admiração mistura-se, no caso dele, com uma espécie de devoção que só sinto por pessoas como, vá lá, o meu pai. Mas como amar um pai de forma total não é grande proeza, logo exemplo suficientemente claro, arrisco dizer que o discurso, não só necessariamente político, do líder histórico do PS está para mim como um concerto dos Tokyo Hotel para uma menina de 12 anos. Sem puxar os cabelos, mas com igual e tremenda comoção.
Hoje, no Hospital S. João, no Porto, Mário Soares falou da esperança que lhe compensa a ausência da fé, do amor que prefere à caridade, do que o move há 84 "vivos e bem vividos" anos. Falou da morte e do medo que dela não tem. Medo tenho eu (quantos de nós?) do dia em que isso lhe acontecer.
Hoje, no Hospital S. João, no Porto, Mário Soares falou da esperança que lhe compensa a ausência da fé, do amor que prefere à caridade, do que o move há 84 "vivos e bem vividos" anos. Falou da morte e do medo que dela não tem. Medo tenho eu (quantos de nós?) do dia em que isso lhe acontecer.
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