José Manuel Fernandes, Henrique Monteiro, Jorge Fiel, Luciano Alvarez e Paulo Querido. Cinco jornalistas, cinco homens, todos na antecâmara da meia idade, podiam estar na mesa de café, ou da casa de um deles, a beber whisky velho, a fumar charutos cubanos e a falar da vida. Mas não, preferem estar ali, frente ao computador, cada um do seu, suponho, a twittar há horas a fio.
Há qualquer coisa de sórdido voyeurismo nesta minha tentação de ficar ali a vê-los. Mais sórdido porque não consigo não imaginar o que fazem enquanto twittam. Mas também, há que reconhecê-lo, há qualquer coisa de sórdido voyeurismo mas ao contrário nesta coisa de ficar ali a falar para todos quando podiam ficar só a falar entre eles.
Hoje, dá-se folga ao jornalismo, à política (o Magalhães não conta e o PSD é stand up comedy) e enquanto esperam pelo futebol, galgam memórias. A idade, os cabelos mais ou menos brancos, as namoradas que não tiveram, os livros que leram e os livros que não leram. Cumplicidade masculina. É bonito. Eu, se fosse eles, cobrava bilhete.
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