domingo, janeiro 08, 2006

Pessoas insubstituíveis

A propósito do periclitante estado de saúde de Ariel Sharon e da sua recente reconversão a 'homem de paz', Marcelo Rebelo de Sousa desfez, hoje, no seu habitual monólogo com a figurante Ana Sousa Dias, na RTP, um mito que há muito desejava ver triturado. Poucos clichés me deixam mais irritada do que essa ideia de que ninguém é insubstituível. Sempre achei que, para o bem e para o mal, todos, na nossa imensa insignificância, somos insubstituíveis. O professor, ao que parece, também acha. "Há pessoas insubstituíveis", disse. "O cemitério está cheio de pessoas insubstituíveis", insistiu. E só quem por desgraça exterior à vontade própria perdeu alguém no trilho que sabe finito, pode atestar como isto é verdade. E garantir que a vida continua, mas nunca mais da mesma forma. Será porventura o que irá acontecer em Israel. Com Olmert ou com outro qualquer.

2 comentários: