"Sempre me senti uma estranha, como um anjo caído que não sabe muito bem onde está, nem qual é a sua natureza; ele é muito diferente dos que se movem à sua volta, e tem de fazer um esforço para passar despercebido. Uma questão de auto-defesa. Sempre senti uma certa perplexidade diante do mundo, das pessoas. Sempre amei, ferozmente, os animais e as plantas. Os meus cães e os meus cavalos, e o meu jardim. Mas acho que, exceptuando o meu pai, nunca gostei muito de pessoas. Talvez, muito simplesmente, não as compreendesse. O que as fazia viver, o que as fazia correr. Acho que compreendia o meu pai, até porque me parecia com ele. A forma como conhecia os livros por dentro. Mas, porque não compreendia as outras pessoas, e tinha de viver no meio delas, tornei-me uma actriz."
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