Alguém deveria explicar a Herman José - que ontem festejou o seu 52º aniversário em directo -, que há ícones que não deixam de o ser só porque ficam... desactivados. Frank Sinatra é um ícone - mais do que isso, é um mito -, e no fim da vida cantava já bastante mal. É só um exemplo; há milhares deles nesse reino do show bizz.
O facto de Herman ter já adquirido esse estatuto - de ícone; não de mito -, não quer dizer que mantenha as qualidades que fizeram dele essa figura que, por certo, habitará o imaginário de várias gerações. Seguramente, não mantém. Logo, não quer dizer que tenhamos que continuar a levar com ele. Com ele e com a pomba gira e outra criaturas decrépitas que ele desencanta sabe deus onde. Logo, é preciso louvar, e muito!!, a coragem de Francisco Penim ao retirar-lhe o espaço nobre de sábado à noite.
Acontece que há pessoas que acham que valem só por existirem. E lidam mal quando lhes dizem que, à semelhança dos outros mortais, têm que trabalhar para provar que merecem o que têm. Herman não gostou da despromoção e começou, desenfreado, a dar entrevistas ameaçando (?) abandonar o país. Talvez, rumar a Nova Iorque ou qualquer outra cidade ao nível da alma cosmopolita que julga possuir.
Os amigos, solidários, prepararam-lhe uma festa. Nada contra se não fosse uma sessão cheia de não-ditos. No Herma Sic de ontem, estava toda a gente vestida de preto. Toda a gente, com excepção de Penim. Não terá sido por acaso. E se dúvidas houvesse quanto a isso, bastaria ouvir as piadas. "Parece que não conseguem queimar-me..."; "Era melhor virem os espanhóis e sermos vendidos a retalho..."; etc, etc, etc...
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