"Acontece também. Dói tanto sermos prescindíveis, não sermos únicos, sermos trocados, agora prefiro esta e não a ti, que uma defesa plausível é recusarmos acreditar nesse absoluto gelo do outro. Para não enfrentarmos que o seu amor por nós simplesmente secou, e tudo seca, não nos enganemos, torna-se mais fácil culparmo-nos. Fica a ideia de que teria havido uma hipótese. Fui eu, foi por minha causa, afastei-o. Acabei por me deitar na cama que fui fazendo. Essa estranha forma de desculparmos ainda quem nos rebenta. Essa forma absurda, tão naturalmente absurda, de amar ainda. Haverá por aí, alguém conhece, coisa menos inteligente do que o amor?"
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