Parece que a nova literatura americana de referência vem toda catalogada na letra F: [Joshua] Ferris, [Jonathan Safran] Foer e [Jonathan] Frazen. Do primeiro, lemos The Unnamed e gostámos muito. Do segundo, lemos Extremely Loud & incredibly close e gostámos mesmo, mesmo muito. Do terceiro, estamos na recta final de Correcções e um destes dias diremos o que entendermos. Mas os três F estão já cá dentro, entrada directa no rol de autores a que voltaremos. Talvez não tão sofregamente como a Philip Roth, mas apenas porque ninguém, como Roth, consegue um tão intenso fluxo de publicação. Nos últimos anos, um ano um livro.
Acontece que saiu agora em Portugal o primeiro livro de Philipp Meyer, escritor também da fornada de 1970, a mesma dos Fs, "Ferrugem Americana", publicado nos Estados Unidos em 2009 e considerado, na altura, o livro do ano por vários jornais, figurando no top 10 de vendas e de crítica de quase tudo. O Ípsilon publicou, sexta-feira passada, uma entrevista com o rapaz. E o rapaz não fez mais nada: tratou os Fs como literatura de "entretenimento", diz-se "muito diferente deles" e, facada final, atacou Roth à descarada. Assim, de repente, não parece o princípio de uma bela amizade. Mas pode ser... Na dúvida, vamos experimentar.
eu até achei uma certa piada à forma como atacou o Roth... mas depois borrou a pintura com a treta dos europeus e das diferenças
ResponderEliminarA polémica ajuda a vender -- tão-só isso. Contudo, devo confessar que os últimos livros de Roth foram uma desilusão -- o último assim-mesmo-muito-bom que li foi "Everyman".
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