Em 2007, um crítico de cinema do jornal satírico "The Onion" criou um termo - na altura, a propósito da personagem de Kirstin Dunst no filme "Elizabethtown" - que foi rapidamente integrado no léxico da cultura pop americana. "A manic pixie dream girl existe apenas na imaginação de cineastas sensíveis e serve para ensinar jovens nostálgicos e apaixonados a abraçar a vida, os seus infindáveis mistérios e aventuras", descreveu Nathan Rabin.
Encontra-se disto em quase todas as histórias de amor felizes sem final feliz, das produções independentes às mais hollywoodescas: Sandra Bullock numa comédia romântica de segunda categoria chamada "Forças da Natureza"; Zooey Deschanel num ensaio sobre o que é para sempre enquanto dura chamado "500 days of Summer"; Joey Lauren Adams numa história de amor entre uma lésbia e um heterossexual inseguro chamada "Chasing Amy".
A manic pixie dream girl é a mulher que resgata o homem da solidão ou da resignação desapaixonada, por oposição à mulher obcecada com a segurança e a estabilidade. É feminina, mas gosta de bola, é meio tonta mas não tem medo do ridículo, ama perdidamente mas receia comprometer-se. Uma personagem criada pelo sexo masculino, ainda que parta do pressuposto injusto de que os homens têm medo de amar. Na vida real, o que não faltam são histórias de amor felizes sem final feliz. Consta que as manic pixie dream girls desta vida acabam com o coração partido ou, pior ainda, domesticado pelos homens que as amaram pela sua selvajaria.
... mas que merda de falhanço é este.
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