A performance chama-se “the night will be black”. A criadora e intérprete é Astrid Takche de Toledo. O género é a dança contemporânea e a sua génese encontra-se numa realidade para a qual muitos olham, mas que poucos vêem. Através da fotografia, Astrid começou a documentar situações quotidianas da população de rua do Rio de Janeiro. E percebeu que, na maior parte do tempo, estas pessoas estavam deitadas, a dormir ou dopadas e que, por vezes, demonstravam grande dificuldade em ficar de pé e serem autónomas em relação aos seus corpos e acções.
Em 2009, a pesquisa que culminou em “The night will be black” começou com base nessas imagens. Outro elemento central neste projecto a solo é a t-shirt. Devido à insistência com que esta peça se apresentava nas imagens recolhidas, Astrid não pode deixar de a incluir quase como cenário onde todo o trabalho acontece. "A cor branca remete-me um pouco para a ideia da assepsia, cor de fralda, remete ao infantil e ao mesmo tempo à loucura, ao hospitalar, crianças em camisas de força, para conter a violência e ao mesmo tempo acalentar o sono", explica.
Theatro Circo, Braga
11 de Fevereiro, Sexta-feira, 21h30
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