segunda-feira, janeiro 10, 2011

À procura de um sonho


Toda a gente tem sonhos. E segredos. E pecados. Quem não sonha está morto; quem não se resguarda é tonto; quem não peca é santo. Sonhos, segredos e pecados não são crime. O problema está na fronteira que determina as respectivas definições. E, mais importante, na maturidade e no bom-senso necessários para suportar cada um deles. Como em tudo na vida, de vez  em quando é preciso colocar o pé no travão.

Renato Seabra, 21 anos, finalista de Ciências do Desporto, em Coimbra, tinha um sonho: ser manequim, provavelmente internacional. Ambição legítima. Candidatou-se a um concurso televisivo, que a televisão parece ser o único veículo reconhecido como eficaz pela geração à qual pertence. Ficou em segundo lugar. A família há-de ter ficado feliz. Os amigos também. Ninguém questionou. Ninguém accionou o travão. Neste tempo, nada parece satisfazer mais as pessoas do que exibir o seu talento, seja ele qual for, na televisão - e a televisão dá para tudo: para cantar, dançar, representar, cozinhar, emagrecer ou só para simular o quotidiano dentro de uma jaula. Vale tudo. Daqui a cem ou duzentos anos, há-de falar-se deste tempo como um tempo muito sinistro.

Mas nem a televisão, com toda a sua pressa, parece ter conseguido responder à urgência do sonho de Renato. E, por isso, talvez ele tivesse também um segredo. Que mal teria aproximar-se de Carlos Castro, 65 anos, velho colunista do suposto glamour nacional a quem os transeuntes desse suposto glamour agradeciam a rampa de lançamento, se com isso conseguisse acelerar a projecção da sua carreira? Aparentemente, não teria mal nenhum. Se tivesse tido travão. Maturidade e bom senso. E verdade, já agora, que é coisa que também começa a escassear. Ou alguém por ele. Se tivesse havido uma mãe ou um pai que tivesse pensado duas vezes antes de autorizar o filho a viajar (para Madrid, Londres e Nova Iorque) com aquele homem, por muito conhecido que fosse. Com aquele ou com qualquer outro. Mas os holofotes cegam quem nos holofotes quer ser feliz.

E foi seguramente um Renato cego, independentemente de ser homo ou heterossexual, que matou outro homem, também ele cego, Carlos Castro. O primeiro, cego pela ambição; o segundo, cego pela devoção de um rapaz mais novo. Num crime que se presta a tanto folclore - as piadas ainda não começaram, mas não hão-de tardar -, o que mais me choca não é a morte, por monstruosa que tenha sido. O que verdadeiramente me choca é disponibilidade mental que as pessoas cada vez mais parecem ter para permutar a honra pela desonra. Mesmo que para sempre consigam manter a desonra em segredo. E, neste caso, não sei quem a permutou primeiro: se o homem que não teve coragem para se afastar de um miúdo sequioso de fama, preferindo acreditar que este o amava; se o miúdo, perigosíssima e preocupante amostra de uma geração, que é capaz de se violentar ao ponto de fingir amar alguém só para daí retirar benefício. Choca-me ainda mais a quantidade de histórias destas que hão-de pulular por aí sem que delas tenhamos conhecimento só porque não tiveram um desfecho trágico. E choca-me, finalmente, que a comunicação social, tão empenhada que está em abordar o assunto com pinças e pruridos, esteja a passar ao lado do assunto que mais interessa: quem é responsável pela desintegração dos valores desta gente, que é muita, para quem a vida só é vida se for mediática? E quem os protege?

Do sonho e do segredo de Renato, restou-lhe apenas o pecado. Capital. Poderia ser mais triste?

37 comentários:

  1. julgo que foi o melhor texto que li sobre isto.
    parabens.
    grouchomarx

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  2. jose eduardo martins11 janeiro, 2011 09:58

    eu tenho a certeza... ando a pensar qualquer coisa de muito parecido e não vi ninguém dize-lo. parabens e, sobretudo, obrigado.

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  3. As piadas já começaram.
    De resto, concordo em absoluto com tudo.

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  4. "Se tivesse havido uma mãe ou um pai que tivesse pensado duas vezes antes de autorizar o filho a viajar (para Madrid, Londres e Nova Iorque) com aquele homem, por muito conhecido que fosse. Com aquele ou com qualquer outro. Mas os holofotes cegam quem nos holofotes quer ser feliz."


    Isso funciona com crianças e adolescentes...até aos 18 anos (exclusive), mas com 21 anos já os pais não o podem proibir de nada. Já é "grande e vacinado" e já é considerado adulto há 3 anos.

    Independentemente da sua orientação sexual, ele matou 1 pessoa e agora vai pagar bem caro por isso! Prisão até morrer e ainda vai ficar "namorada" de alguém.

    Pensar primeiro e agir depois parece uma tarefa muito complicada para estes jovens de hoje...

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  5. Eu próprio já fiz esta reflexão:
    1. Este triste desenlace deveria fazer reflectir todos os pais e todos os jovens que buscam a fama, não pelo que são, mas pelo que querem ser! Os pais, familiares e amigos porque são os primeiros a ver neles autênticos Cristianos Ronaldos arranjados à pressão! As televisões, ao promoverem concursos de caça talentos, sem que os mesmos tenham oportunidade de reflectirem, atirando-os para a fama e para as feras sem qualquer preparação também deverão reflectir e, talvez, inflectir! Mas todos nós somos culpados, quando damos audiências a esses programas de caça talentos, votando sem saber quem são, numa histeria colectiva... Muito pouco bom senso à volta disto tudo, que reflecte uma sociedade que vive como se não houvesse amanhã, à mercê do dinheiro e do sucesso a todo o custo!
    2. O Sr. Carlos Castro adorava viagens! Estava constantemente em NY... Interroguei-me como teria dinheiro para tal?!?!? Concluí que fomos todos nós - aqueles que liam as suas interessantes e intelectuais crónicas, aqueles que compravam as revistas interessantes de bisbilhotices, aqueles que lhe davam share nos programas culturais em que intervinha - que contribuimos para a sua excelente facturação, que lhe permitia grandes devaneios, que grande parte dos portugueses que têm actividades relevantes sob o ponto de vista empresarial e científico não conseguem ter! Temos que reflectir...

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  6. As razões que levou a ambos a realizar as "viagens" não justifica o fim da história nem ameniza o crime que cometeu. Muito se houve falar em prol do manequin e pelos vistos até namorada tinha, pelo noticiário de hoje da hora de almoço que claro não deu entrevista aos reporters, mas não tira peso ao que fez. Pelo contrário.
    Apenas digo que escolheu mal a época e o l ocal e a cidade... se fosse cá a pena era bem mais leve! Nos EUA pelo que se diz 25 pelo menos!
    A ver se aprende, e como é "menino bonito" vai ser bonito!
    Parabens por ter exposto o que muita gente pensa e muito se fala!

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  7. Sem dúvida muito bem escrito.Na minha opinião falta um parágrafo e a resposta a algumas perguntas que estão na minha cabeça. o que procura um homem de 65 anos num jovem de 21?que tipo de paixão lúcida leva este homem a partilhar e a pagar camas e não só entre os dois?que mãe, que pai consegue ter o discernimento para perceber uma situaçao destas, falar dela e evitá-la?
    chocada fiquei e preocupada.o que leva um ser humano aparentemente equilibrado a perder a cabeça desta forma?só nos conhecemos verdadeiramente quando passamos pelas situações...

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  8. Concordo com o teor do artigo e de alguns comentários. Só acrescento que com isto as televisões, onde está alguma raiz da questão, têm tema e vão explorar até à exaustão. O presidente candidato e outros agradecem o desvio das atenções...

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  9. Ler as suas palavras foi sem duvida, o melhor! Consigo visualizar o tal cenário...talvez até por já ter percorrido muito dos "Parques infantis Portugueses", mas sem nunca ter caido do escorrega...,Vou mais longe...
    Quem é que queria tanto morrer em NY?
    Quem é que sempre disse que iria morrer assassinado, num quarto de Hotel?...
    Questões, apenas...nada mais.
    O que levaria um "Jovem Promissor Manequim", que já estaria até no seu Mundo Côr-de-rosa a Matar alguém? Brutalidade,sim,Raiva,sim,Desespero,sim
    Maldade,ok, Insaniadade... e aqui começamos a elevar as agressões para o foro Mental e abandonamos a ideia do Isntinto...Crime Passional, Premeditado, não acredito!
    Mas o que levou este Jovem a cometer este crime? O que lhe foi dito? O que lhe foi Apelado ao coração? Um desejo Morbido?
    Obviamente que não vamos ficar sem resposta, o crime não aconteceu em Portugal, logo não irá ficar nas gavetas ou esquecido pelo tempo nas embalagens sofisticadas dos arquivos Portugueses...a não ser que a manipulação jornalistica eleve os seus códigos de ética ao nivel superior e nos conserve a memória com a honrosa noticia: "Renato confessou o crime (...)", dando o o caso por encerrado.
    Cuidado com o que desejamos....pode-se realizar.

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  10. Meus parabéns.
    Consegue traduzir tudo o que sinto e que não consigo colocar na escrita.

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  11. Sem palavras....ou melhor, com todas as palavras (certeiras). Adorei e tomei a liberdade de partilhar.

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  12. ‎"...foi seguramente um Renato cego, independentemente de ser homo ou heterossexual, que matou outro homem, também ele cego, Carlos Castro. O primeiro, cego pela ambição; o segundo, cego pela devoção de um rapaz mais novo."
    Gostei da forma respeitosa, honesta, e esta parte do texto fez-me lembrar uma citação do livro "Barranco de Cegos" de Alves Redol, obra proibida pela ditadura e cuja posse levou um familiar meu à cadeia, anos mais tarde (1976) esse familiar ofereceu-me o livro que ainda conservo, com muito carinho.
    " Deixai-os, são cegos guias de cegos. Se um cego guiar outro cego, ambos cairão no barranco".
    (Mateus, XV, 12-14)
    Agora pergunto: quantos cegos nos guiam, e porque nos deixamos guiar?! Não seremos nós todos os piores cegos, aqueles que não querem ver?! Triste, muito triste...

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  13. Quando corremos demasiado depressa também perdemos...

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  14. De tudo o que já foi dito, seja por amigos ou familiares de ambos ou por psicanilistas e outros " istas " que nos foram entrando pela casa dentro através das tvs, este foi, sem dúvida alguma, o comentário mais acertado em todos os aspectos.
    Estas " crianças", pois para mim apesar de serem maiores de idade e atendendo ás atitudes que tomam não deixam de ser umas crianças mais crescidas, quer seja nas relaçoes amorosas, nos estudos ou até com decisões quotidianas, simplesmente não "sabem o que querem".
    Por vezes julgam que sabem mas depois vem a saturação e vai de mudar três ou quatro vezes de curso universitário por exemplo. nas relações amorosas são iguais... " o amor da minha vida" dizem, chegam a tatuar na pele os nomes deles ou delas, para no semestre seguinte estarem com odios de morte não sendo capazes sequer de trocar duas palavras...
    Neste caso concreto, a ambição de uma subida meteorica na carreira terá talvez até desencadeado uma "paixão" pela pessoa que lhe iria proporcionar tudo isso e na altura de dizer "não quero mais" porque " afinal não era isto... " ou ainda " cansei.. " não foi aceite pela outra parte que do alto da sua experiencia de vida, e ressabiado que estava, terá de todas as formas tentado demover a sua vontade, podendo inclusivé ter dito que á " criança" que lhe tinha transmitido este ou aquele virus incurável arruinando não só a carreira como a sua ainda jovem vida... o que uma pessoa "rejeitada" é capaz de dizer numa altura daquelas...
    são tudo teorias... como alguem escreveu mais acima, rápidamente se saberá, pois nao foi cá mas num pais em que a justiça é célere.
    fica o triste exemplo para as ditas "crianças" e o meu obrigado a quem por palavras colocou os meus pensamentos.

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  15. um bom texto sem dúvida com eternas verdades e realmente a ser verdade tudo isto é uma barbaridade. Mas já pensaram bem o que leva um rapaz "pacato" e "tímido" fazer tal crime! Já alguem se questio-no se a suposta relação não seria meramente de amizade da parte do jovem, e que o senhor deslumbrado tenha levado as coisas para outro lado, e vá como nunca tento realmente uma relação mais física o jovem até não se importo. Mas naquele dia o senhor já farto de dar quis algo mais e tento fazer o que já desejava a muito e o rapaz ao ver o caso mal parado se vio obrigado a defender-se? Já pensaram alguma vez nesta hipótese? Não pois não? E porque? Porque como a televisão diz que foi assim nós não questionamos. E como era jovem põem-se a culpa sem olhar para o que possa ter esse jovem passado. Não estou a defender mas também acho que não se deve julgar assim ninguém. Deixem os julgamentos para os juízes. E que alguma coisa está muito mal contada nesta história toda está. E isso até um cego vê. E párem de apontar o dedo a juventude de hoje em dia. Pois se nós somos o que somos devemos a pessoas da vossa geração pois foram vocês dessa geração que educaram a minha geração por isso em vez de criticarem façam alguma coisa com aqueles que tem em casa para que está geração não seja, desculpem a exprecam, a merda que vocês dizem ser.

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  16. Obrigada por partilhar e expôr em palavras exactamente aquilo que eu penso sobre este assunto!
    Relativamente ao que os pais podem ou não "proibir" visto que este rapaz já é maior de idade (segundo a lei...!); Na minha opinião não se trata de proibir absolutamente nada, trata-se sim de aconselhar, chamar à razão e explicar ao filho o que é o mundo real e promíscuo que envolve a grande maioria das pessoas que enveredam pelo caminho da fama à pressão.
    Estamos realmente numa era em que se coloca de lado o carácter e a integridade própria, em que não se olha a meios para atingir os fins, em que tudo vale. Uma era em que, principalmente, se esquecem "convenientemente" os valores e princípios...
    Esperemos que algum bem venha de tudo isto, que os jovens desta era consigam perceber que não deve ser esta a via pela qual esperam "subir na vida" e aos senhores que escolheram uma orientação "diferente" e já têm uma certa idade (idade para ter juízo!), que tenham um pouco mais de discernimento nas escolhas amorosas que fazem...

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  17. Tomei a liberdade de copiar este seu artigo para o meu blogue, com a respectiva ligação a este seu.
    Um texto muito bom.
    Muito obrigado
    José Magalhães

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  18. A melhor visão que tive deste acontecimento. E o mais importante a reflexão acerca de uma geração que parece não ter pais..

    Parabéns

    Carla

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  19. Mas olha que a "cena blog" não está muito distante do que dizes sobre a tv e adjacentes. Sempre a mesma necessidade de sermos valorizados pelos outros dizendo uma meia dúzia de pataquadas que na maioria das vezes nem correspondem à "verdade"

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  20. este é de facto um triste e muito pesado acontecimento para ambas as familias envolvidas.podemos supor mil contextos, imaginar situações que nos surgem na imaginação como mais obvias..ou podemos romper ideias pre-consebidas e tentar imaginar o inimaginável. certo é que um homem de idade "madura" não responde e, um jovem adulto, soltou o animal que cada um de nós possui acorrentado hávido por ser estimulado..o que alimentou esse estimulo? talvez o preço que tinha que pagar pelo sonho...ou seja , a culpa não será de um jovem sonhador, mas do preço, com o qual uma sociedade inteira é conivente...será?

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  21. Foi o melhor que já li sobre o assunto. Parabéns pela assertividade dos conceitos e das palavras.

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  22. Bem escrito e bonito até, mas há uma dose de moralismo difícil de atingir em comentários como "homem que não teve coragem para se afastar de um miúdo sequioso de fama, preferindo acreditar que este o amava"; não percebo o que justifica este tipo de crítica sem explicação da diferença de idade, e tira sensibilidade ao texto, aspecto que de resto não lhe falta.

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  23. Exactamente!! Nunca até hoje, desde que este caso é conhecido, alguém falou tão bem sobre o assunto.
    Parabéns e é realmente um texto para ser lido por vários senhores neste país.

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  24. Escrita perfeita e de conteúdo inquestionável. foca a desmedida ambição de um jovem de 21 anos que viu a sua passadeira vermelha para a fama, num homem de 65 anos que por ser a figura pública da crónica côr de rosa, capaz de elevar ao topo como de fazer esquecer. Porém e apesar da idade, igualmente ambicioso para degustar o "petisco" que lhe caía nos braços.
    Quer num e noutro caso a ambição foi desmedida.
    Saber agora, o que na realidade despoletou toda a violência acontecida, a meu ver não será fácil porquanto só um dos intervenientes é capaz de se fazer ouvir.
    Os meus parabéns

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  25. Parabéns, este texto diz exactamente o que penso sobre este assunto.

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  26. Cheguei a este texto hoje, quando tantas piadas já se fazem e quando tanta tinta já foi gasta para encher 'carteiras' das revistas que ganham à conta disto.
    E devo dizer: parabéns pelo bom senso que refere no texto e demonstra em cada linha.
    Parabéns porque abordou aqui aquilo que realmente importa perante este crime. O problema social e o problema que tanto existe hoje de se correr atrás de 10m de fama, seja o que for que se tenha de dar em troca.

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  27. Bela Reflexão, Parabens!
    Nuno Mira

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  28. Sim, gostei e termino também com a mesma pergunta: Quem são os responsáveis pela desintegração dos valores sociais??
    Somos nós!

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  29. Fantástico. Sem palavras perante esta verdadeira realidade.

    Soraia Santos

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  30. É tal e qual isso.

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  31. Reencontro as palavras que tenho dito a gente á minha volta neste seu artigo. Que mãe ou pai deixa o seu filho ir pelo mundo afora sem lhe seguir de perto o rasto? Sabemos que os filhos crescem e temos que os deixar ir, mas nada nos impede de aparecer de surpresa, de telefonar, de marcar presença... Acredito que se os pais tivessem estado mais presentes e não o tivessem "largado" - quiçá tb sequiosos de ver a "cria" tornar-se importante e ganhar muito dinheiro (que é isso que a malta quer!), custasse o que custasse, e depressa! - isto teria muito certamente outro desfecho. Quanto ao Castro, olha Adeus!- pelo menos, viveu a sua vida. O que cá fica, tem um Inferno pela frente.

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  32. Sou mãe,este caso faz-me pensar muito,Seria possivel a mãe do Renato não entender o q se passava,não ter pensado no q poderia vir acontecer entre os dois sabendo ela quem o Carlos Castro era.Não tenho nada a ver c a orientação sexual de cada um,assim como ninguém tem nada a ver c minha.Tenho dois filhos o mais velho tem 15 anos falamos imenso sobre muitos assuntos,Talvez por ainda ser um tabu p mta gente a homossexualidade, o meu próprio filho s o fosse apesar d tanta abertura poderia não me contar d inicio.Mas eu acho q se ele começasse a ter um tipo de vida diferente e conviver c pessoas assim eu tinha de ficar sobreaviso.Dizer q o Carlos estava a ser como um pai p ele.Será q eata mãe sabia e agora pensando ela q poderia proteger o filho disse as coisas q disse?
    Não a quero culpar de maneira nenhuma,mas interrogo-me dia a dia.

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  33. Não entendo a mediatização deste caso...!!!! Que me...........da de televisão é esta?. Que jornalistas temos? Julgo que seria suficiente, mesmo que fosse na abertura do telejornal, darem a noticia "Carlos Castro morre em Nova York".

    Paulo Gomes

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  34. Nos comentários a este post, li praticamente em todos eles que estava muito bem escrito. É tambem essa a minha opinião.
    A ideia que transmitiu está muito próxima do minha, embora considere que Renato, mais do que ambicioso, seria um ingénuo sonhador. Pensou conseguir fazer, fosse o que fosse, para concretizar o seu sonho, mesmo que para isso se violentasse.
    Não me surprenderia que venha a ser julgado inimputavel.
    Gostaria de publicar este seu texto no meu blog, não há dúvida que está excelente.

    Helena de Brito

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  35. Um texto fantástico. É assim mesmo, sem tirar nem por. Parabéns.
    Maria

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