"Houve momentos, nos últimos dez anos, em que me senti tão ominosamente velho, tão exausto e acabado, que teria tomado como piada de muito mau gosto qualquer insinuação de que a presente sensação de jovialidade me estava ainda reservada. De qualquer maneira, não durará; mais vale, portanto, aproveitá-la o melhor possível.
(...) E depois, feitas as contas, parece-me tão feliz! Hesita-se em destruir uma ilusão, por mais funesta que seja, que é tão deliciosa enquanto dura. São os momentos raros da vida. Ser novo e ardente, em plena primavera italiana, e acreditar na perfeição moral de uma bela mulher - que situação mais admirável! Deixe-se levar pela corrente; eu ficarei na margem a vigiá-lo.
(...) Não há nada mais analítico do que a desilusão."