domingo, março 18, 2012

Último brinde


Bebo ao lar em pedaços,
À minha vida feroz, 
À solidão dos abraços 
E a ti, num brinde, ergo a voz...
Ao lábio que me traiu, 
Aos mortos que nada vêem, 
Ao mundo, estúpido e vil, 
A Deus, por não salvar ninguém.

Anna Akhmátova, 1934 

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