Depois de “Platonov” (2008) e de “A Gaivota” (2010), o encenador Nuno Cardoso encerra a sua trilogia tchekhoviana com “As Três Irmãs”. Olga, Macha e Irina vivem um quotidiano banal e frustre numa pequena cidade dos confins da Rússia enquanto sonham com o regresso à Moscovo natal. Nestes tempos de crise, quando a nostalgia daquele momento em que “éramos felizes e não sabíamos” – repetindo a formulação de Pessoa – paira como uma ameaça, importa saber onde fica a nossa Moscovo, importa compreender porque é que o sonho não se torna motor de futuro. Metáfora do sonho destruído pelo tempo que passa, “As Três Irmãs” reúne um elenco excepcional, um conjunto de actores experientes e uma espécie de liberdade que apenas o desejo de Teatro pode trazer consigo.
Hoje, 21h30, Teca, Porto
Segunda, Guimarães
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