domingo, outubro 29, 2006
Diálogos pueris (fim)
quinta-feira, outubro 26, 2006
Portugal Fashion
terça-feira, outubro 24, 2006
segunda-feira, outubro 23, 2006
Equador resulta de um plágio?
domingo, outubro 22, 2006
A "rivolução" de Pacheco Pereira (conclusão)
Que poderá saber Pacheco Pereira de uma cidade onde não vive quando defende que antes do 25 de Abril é que era? Antes do 25 de Abril é que "o povo - O povo?! Será que é isto que chateia Pacheco e todo o sequitozinho de Direita? Que o "povo" tenha descoberto outras coisas para lá daquelas a que o queriam limitar?! Que o povo tenha invadido universidades e alcançado horizontes que antes do 25 de Abril estavam apenas à disposição de uma minoria, essa sim, de elite?- dispunha de espectáculos de teatro, quer "sério", quer de revista, com a vinda regular das companhias de teatro de Lisboa ao Rivoli e ao Sá da Bandeira. Será que Pacheco sabe que agora não vêm só de Lisboa? Que vêm do mundo todo? Antes do 25 de Abril, continua, é que havia óperas, "óperas mais "fáceis" como O Barbeiro de Sevilha, o Rigoletto ou a Cavalaria Rusticana, mas era ópera e os espectáculos conheciam enchentes". Reparem bem no desdém: eram óperas mais fáceis mas para o povinho servia e o povinho ia. "Eram espectáculos populares e baratos".
sábado, outubro 21, 2006
Paulo Pimenta
O fotógrafo chama-se Paulo Pimenta. É repórter fotográfico do jornal Público desde 1997 e tem um dos meus olhares de eleição sobre as coisas, as pessoas e o resto. A exposição que tem patente até 9 de Novembro no espaço "Barba & Cabelo" [Rua S. João Bosco, nº 295, Porto] chama-se "Apontamentos de Paris em sete dias". Trancrevo o texto da exposição:
"Falamos de Paris, falamos de moda, falamos de estilistas e de cabeleireiros. E de "coiffure", e dos sorrisos dos cartazes, e das imagens trabalhadas e retocadas. Falamos de imagens, sim. Mas não destas reproduções retocadas e ampliadas em cartazes. Mas das imagens/apontamentos que nos chegam pela retina Paulo Pimenta e pela sua máquina de fotografar. Falamos, então, da imagem de sexta-feira, se a sequência começa à segunda, e se a cada apontamento de Paulo Pimenta corresponder a dia da semana. O título da sequência parece confirmá-lo: "Apontamentos de Paris em sete dias", e basta sabê-lo, para partimos em viagem. O homem que esconde o seu cabelo mas espreita a montra do "coiffeur" é um dos instantes que nos transportam para a Paris que não vem nos postais, mas onde, mesmo assim, conseguimos reconhecer sempre a cidade-luz.
É impossível não reconhecê-la, até porque a lente não fugiu do símbolo parisiense. Mas a Torre Eiffel muda de enquadramento, subalterniza-se para dar lugar a outro estilo de vida, parecendo posicionar-se num ghetto norte-americano. Mas a cidade aparece sempre reenquadrada pelo olhar singular do fotógrafo. A Paris cosmopolita, que alberga muitas comunidades, entre as quais a chinesa; a paris dos cafés e das portas abertas, das esquinas e dos cruzamentos; a Paris monumental, onde as peças de arte convivem com as esculturas vivas; a Paris do quotidiano e a Paris do futuro. Em cada dia, um apontamento. E em cada apontamento, uma visão. Em cada imagem, uma fracção de vida."
sexta-feira, outubro 20, 2006
Reposição da justiça
A "rivolução" de Pacheco Pereira
quinta-feira, outubro 19, 2006
Teatro Rivoli IV
quarta-feira, outubro 18, 2006
Teatro Rivoli III
terça-feira, outubro 17, 2006
Teatro Rivoli II
segunda-feira, outubro 16, 2006
Teatro Rivoli I
quinta-feira, outubro 12, 2006
Diálogos pueris IV
Ela: Quem? A tua mulher ou a tua amante?
Ele: Claro que não foi a minha mulher!
Ela: E acabou tudo porquê?
Ele: Porque queria casar comigo. Fez-me um ultimato.
Ela: Como queria casar contigo? Não sabe que és casado?
Ele: Claro que sabe. Mas queria na mesma. As mulheres, a partir de determinada altura, querem sempre casar comigo.
Ela: É aquele momento em que soa o "Game over. Next player", não é?
Ele: É. Porque as mulheres são todas umas burras!
Ela: Porquê?
Ele: Porque sabem que sou um filho-da-puta como marido e mesmo assim querem casar.
Ela: E como amante?
Ele: Nunca mais voltam a ter um como eu.
Ela: Vejo que a ruptura não afectou o teu ego...
Ele: Não tem nada a ver com ego; é a verdade. Elas sabem e mesmo assim querem casar. Parece que não gostam de ter só o lado bom da vida.
Ela: Achas que esse lado bom é uma mulher abdicar da sua vida, de eventualmente encontrar o seu amor exclusivo, para viver um amor pela metade?
Ele: Não é exactamente pela metade. Ela também era casada.
Ela: Não sabia.
Ele: Pois, mas era. Eu bem insisti para ela não se divorciar...
Ela: Divorciou?
Ele: Sim.
Ela: Ela também tem filhos?
Ele: Sim.
Ela: Há uma coisa que não percebo: por que que estás triste se não queres casar com ela?
Ele: Porque gostava dela. Porque ainda gosto. E porque ela é uma burra.
quarta-feira, outubro 11, 2006
Havia dúvidas?
Faz sentido, não faz?
A obscena senhora D
The Pillowman
"O escritor e o irmão do escritor"
terça-feira, outubro 10, 2006
Casa da Música
Quem estiver satisfeito com o rumo da Casa da Música ponha o dedo no ar! A Casa da Música de todos e de todas as músicas; a Casa da Música democrática; a Casa da Música que prometia dessacralizar a própria música; a Casa da Música que não nos iria permitir esquecer que a música existe, que a podemos aprender e apreender e que ela pode mudar a nossa vida; a Casa da Música que recordaria diariamente a importância histórica da música no Porto; a Casa da Música das permutas do que melhor se faz no mundo; a Casa da Música que não seria apenas o edifício de um arquitecto holandês reputado, nem apenas um edifício que nos custou cem milhões de euros; a Casa da Música que não seria apenas um manual de quezílias e histórias mal contadas. A Casa da Música que nos faria planar de orgulho, alguém se lembra? Quem achar que a missão está cumprida coloque, por favor, o dedo no ar.