quarta-feira, novembro 09, 2005

Oportunistas


Ainda não é líquido que o país esteja rendido ao salvador da pátria, materializado na figura de Cavaco Silva. Mas os jornalistas (uma fatia gorda, pelo menos), não podiam estar mais subjugados aos encantos (?!) do professor que recusa a etiqueta político profissional".

"A agenda de Cavaco Silva", 246 páginas acabadinhas de editar pela Oficina do Livro, e cuja autoria pertence ao jornalista Vítor Gonçalves, é disso a prova. Merece ser folheado porque não é um livro. Não chega a ser uma análise, apesar da sucessão de análises publicadas. É pouco mais do que nada. É pouco mais do que a certeza de que qualquer coisa com a chancela "Cavaco" venderia, neste momento, sempre muito bem.

Podia ser só uma compilação das suas comidas preferidas. Mas é um concentrado das comunicações do candidato à Presidência da República, ao longo de cinco anos, de cada vez que entendeu pronunciar-se aqui e ali. E os cromos do costume estão todos lá, amplamente citados: Luís Delgado e afins. E só Carlos Magno, por incrível que pareça, e por muito que me custe admiti-lo, questionou - ele lá saberá porquê -, no curso do tempo, as afirmações, com ênfase científica, proferidas por Cavaco Silva.

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