sexta-feira, novembro 18, 2005

E agora, algo completamente diferente...

Há pessoas que nos ganham, assim, por nada e para sempre. Gosta-se sempre de alguém só porque sim. E nunca pelas qualidades. E nunca pelos defeitos. E nunca por nada que não seja, apenas, aquilo que são. Sejá lá isso o que for. E quando se sabe exactamente porque é que se gosta - beleza, inteligência, nobreza, riqueza, compatibilidade, carácter... -, é porque não se gosta realmente. Porque há sempre alguém melhor, mais especial. E, nesse caso, o gostar seria, ininterruptamente, derrubado por uma nova aparição. E por um novo pacote de características mais apuradas. Quando se gosta, gosta-se e pronto. E gosta-se para sempre. Porque o gostar não é passível de ser interrompido. Quando acontece, prevalece. Mesmo que seja guardado na distância. Ou no silêncio. Ou na vez única em que se tropeçou em alguém.

1 comentário: