Se Sócrates tivesse escrito uma tese de mestrado sobre móveis e lacados, o assunto faria igual furor nos jornais, não pelo interesse no livro mas por uma inesgotável (e inexplicável) sede de atacar o homem. Pronto, escreveu sobre tortura nos sistemas democráticos, e daqui até Outubro, já se sabe, há-de ser torturado por isso.
Felizmente, os livros da temporada que nos deixam a salivar são outros e são muitos. Dos portugueses, vem aí (finalmente!!!!) "Uma escuridão bonita", de Ondjaki, "As longas tarde de chuva em Nova Orleães, de Ana Teresa Pereira, "Para onde vão os guarda-chuvas" de Afonso Cruz e "Nenhuma vida", último romance de Urbano Tavares Rodrigues. "Desumanização", de valter hugo mãe, já cá está! Também vem aí novo livro de crónicas de Lobo Antunes.
Depois... depois (aguentar a contagem decrescente!!!) vem aí os ensaios de David Foster Wallace, "Uma coisa supostamente divertida que nunca mais vou fazer" e "Mason & Dixon" dessa espécie de irmão gémeo que é Thomas Pynchon. E vem o mais recente "O ano em que sonhámos perigosamente", do esloveno Slavoj Zizek e "Os níveis de visa" de julian Barnes, booker prize há dois anos.
E há novas edições de "Ulisses" de James Joyce e de "Guerra e Paz" de Tolstoi, o que é sempre um bom incentivo para os ler.
Há mais, mas estes são os que vão à primeira página no meu jornal imaginário.