O Porto está repleto de espaços alternativos, trendy, cosmopolitas, espaços todos inaugurados nos últimos tempos e imediatamente catapultados para o roteiro fashion da cidade. Mas nenhum, absolutamente nenhum, é tão perfeito quanto a Casa de Ló, na Travessa de Cedofeita (a Travessa é uma espécie de Galerias de Paris - o mini Bairro Alto do Porto-, mas na versão freak, logo, incomparavelmente melhor).
Não é só a música que, ao contrário dos outros sítios, é boa; não são só os empregados; não são só os doces caseiros ou o fabuloso chá dos Açores; nem é só aquele maravilhoso terraço ou só aquelas magníficas mesas de lousa onde é possível desenhar enquanto se toma café. É isso tudo, mas é também a colecção de livros. A preço de chuva.
Encontrei lá o "Diário de K. Maurício", de Raul Brandão. Habitualmente, essa preciosidade constitui a primeira parte de "A morte do palhaço". Para o caso é indiferente. Quem venera Raul Brandão sabe bem como um e outro livro são difícieis de encontrar. Por cinco euros é puro milagre.
Absolutamente de acordo. Também já encontrei lá uma pechincha semelhante que me fez ir mais feliz para casa. Vou voltar sempre, até porque é mesmo pertinho e tem UNO, damas e outras pérolas para jogar! :D
ResponderEliminarobrigado;)
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