Não há manuais de tolerância, livrinhos que nos ensinem a sermos melhores. Infelizmente. Porque a tolerância é um sinal de inteligência. Eu sou intolerante. Intolerante num grau muito perto do insuportável. Ontem, voltei a perceber isso. Nada de que me orgulhe; nada de novo. Não tenho a mais leve paciência para a sete maravilhas de Portugal (quase todas abaixo do Mondego - brilhante!); para a sete maravilhas do mundo (era possível serem mais previsíveis?); para o número 7 que quero lá saber o que quer dizer; ou para o concerto Life Earth que ocorreu em simultâneo em não sei quantas capitais.
As minhas sete maravilhas, vejo-as todas da janela do meu quarto. Como dizia Pessoa, "do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é. (E se soubessem quem é, o que saberiam?). Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres. Com a morte a por humidade nas paredes e cabelos brancos nos homens. Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada."
tou como tu.
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