quarta-feira, abril 11, 2012

Nassim Nicholas Taleb: O cisne negro


"A lógica do Cisne Negro torna aquilo que não sabemos mais relevante do que aquilo que sabemos. Tenha em conta que muitos Cisnes Negros podem ser desencadeados e exacerbados pelo facto de não serem esperados. (...) O monstro neste livro não é apenas a curva em forma de sino e o estatístico que se auto-ilude, nem o académico submetido à Platonicidade que necessita de teorias para se enganar a si próprio. O monstro é o impulso para nos "centrarmos" naquilo que para nós faz sentido. Para viver no nosso planeta actualmente precisamos de muito mais imaginação que aquela que estamos preparados para ter. Falta-nos imaginação e reprimimos a imaginação dos outros.

(...) Acumulamos mais conhecimento e mais livros à medida que envelhecemos e o crescente número de livros não lidos nas prateleiras observar-nos-á de forma ameaçadora. Na verdade, quanto mais sabemos, mais extensas são as filas de livros por ler. Chamemos a esta fila de livros não lidos antibiblioteca. (...) O Cisne Negro resultou da nossa incapacidade de perceber a probabilidade da ocorrência de surpresas, porque levamos demasiado a sério aquilo que sabemos."

[Encontrámos no Jornal de Negócios uma referência a este livro, uma referência de tal forma gulosa, que saímos logo de onde estávamos para irmos a correr comprá-lo. Só corre quem está atrasado. Este livro é de 2007, foi traduzido no ano seguinte, chegámos a ele em 2012. Mais de metade das críticas dizem que é obrigatório. Não sabemos se é, mas é completamente viciante. É um absoluto não parar de ler, um absoluto não conseguir largá-lo.]

1 comentário: