Gosto de pessoas com mau feitio, com muito mau feitio. De pessoas que dizem coisas que não lembram ao diabo, que fazem tempestades de copos de água, que destilam palavras como balas, que perdem excelentes oportunidades de ficas caladas, que falam antes de pensar, que vivem a arder e que têm sérias dificuldades em proferir a palavra "desculpa". Gosto de pessoas assim, vá lá saber-se porquê. E, por isso, gosto de Mourinho.
Também gosto dele, obviamente, pelo que ele deu ao FCP. Estou a borrifar-me para o que deu ao Chelsea, mas reconheço-lhe o mérito. Agora, que a saída dele de Inglaterra (demitido ou despedido ou por mútuo acordo, não interessa) tenha monopolizado os noticiários todos (40 minutos seguidinhos e impregnados de directos), com os jornalistas a indagar as opiniões de Marcelo Rebelo de Sousa a Gordon Brown já me parece do absoluto domínio do delírio. Se ele tivesse morrido, ter-se-ia feito o quê? Decretado luto mundial?! Ele não morreu; ficou só milionário. Haja decoro!
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