Louis Garrel é o Ryan Gosling dos franceses, é tão tudo que pode fazer o que quiser. Eu, que nunca pendurei fotografias de actores nas paredes do quarto, nem nos cadernos da escola, nem numa qualquer esquina da cabeça, não sei se teria a mesma lucidez se hoje tivesse 15 anos. Não sei se resistiria à tentação de forrar a vida com frames do Ryan Gosling. Felizmente, já não tenho 15 anos... A idade não serve para grande coisa, mas sempre nos poupa de um certo ridículo. O que não consegue evitar é o fremitozinho de cada vez que Louis Garrel - actor e cantor, com pequenas incursões pela realização, como Gosling -, mas muito mais do que só um guilty pleasure como Gosling, aparece num novo filme. Há quem diga que Garrel faz sempre só de Garrel (como Gosling parece fazer sempre só de Gosling), mas se outra prova de diferença não houvesse é vê-lo num filme de Garrel-pai, dos mais superlativos cineastas europeus, e noutro filme qualquer (talvez com excepção para Honoré). Temo-lo agora em dose dupla, em "Um castelo em Itália" (Valeria Bruni Tedeschi) e em "Ciúme" ( Philippe Garrel). São os ditos dias felizes do cinema. Pena que passem sempre ao lado do Porto. Aceitam-se links para cópias, portanto.
terça-feira, agosto 05, 2014
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