Ninguém quer ter António José Seguro como primeiro-ministro, provavelmente nem o próprio, se se visse de fora, gostaria de se ter como PM. Toda a gente criticou a birrenta demissão de Paulo Portas e duvidou da sua patética reconciliação com Passos Coelho e da improvável promoção dada por Passos a Portas. Toda a gente ridicularizou Cavaco por oscilar entre a rainha de Inglaterra e o padrinho da coligação. Mas quando o PR, pressionado pela dimensão do jardim infantil e autista que é esta escumalha toda, decide ressuscitar, chumbar o Governo e finalmente propor uma decisão - sim, complexa -, mas talvez a única que, a ser aceite, sossegaria os mercados e congelaria a fricçãozinha da partidarite, ninguém parece estar disposto a fazer parte dela. Temos a Troika à porta e o Orçamento de Estado mais difícil das nossas vidas a caminho. Os partidos repetem que o país é que é importante, que a situação é excepcional e grave, mas... pois, mas desde que não seja para aceitar um compromisso que lhes estrague os planos que nada têm a ver com os portugueses. Amanhã se verá de que fibra são feitos os partidos do dito arco da governação e sobretudo o PS. Se o Governo de salvação nacional conseguir erguer-se, e com Silva Peneda ao leme, eu ficaria contente. A minha expectativa? Zero.
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não percebo é como não se fala da infantilidade dos mercados, que o são muito mais que o governo e que ninguém sabe ao certo o que os vai fazer acalmar ou fazer birra e como raio é que se anuncia eleições com um ano de antecedência?
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