sexta-feira, abril 04, 2008

Importa-se de repetir?

Nuno Azevedo, administrador-delegado da Casa da Música em entrevista ao Jornal de Notícias:
Ser uma figura mediática é o único requisito para liderar o marketing da CdM? Guta Moura Guedes e Dalila Rodrigues não são propriamente autoridades nesta matéria…
Somos uma instituição cultural e não uma empresa que vende enlatados para pôr na prateleira do supermercado. Por isso, não é líquido que, à frente de um departamento destes, esteja um marketeer. É mais importante construir uma imagem consentânea com o que é hoje a CdM. A mudança de imagem que temos vindo a introduzir provocou efeitos muito positivos. No ano passado, registámos um crescimento de 24%. Este ano, no primeiro trimestre, crescemos 30%. Quantas empresas conseguem apresentar números destes?

Dalila Rodrigues foi um nome consensual?
Completamente.

Apesar de não ter grande experiência na área?
Discordo.

É a própria quem o admite...
A Dalila Rodrigues tem uma grande experiência na gestão de um produto cultural. Ela teve a estratégia, a vontade e a energia para pôr no mapa, em Lisboa, um museu que nem os próprios taxistas sabiam onde ficava.

Quais as prioridades da sua acção?
Tal como já acontecera com a Guta Moura Guedes, o objectivo passa por construir, ao lado da direcção artística, uma parceria criativa para conseguirmos explicar, de uma forma estruturada mas simples, o que são as características da programação e os atributos de cada concerto. Até 2006 e inícios de 2007, não conseguíamos isso. O que temos aqui é um produto volátil, pois, ao contrário de um teatro, os espectáculos mudam todos os dias.

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