quarta-feira, setembro 24, 2008

Optimus na Casa da Música ou Casa da Música na Optimus?


Aquela onda que existe no pátio da Casa da Música, e que era para ser uma loja de souvenires, de souvenires criados por artistas contemporâneos, que era para ser um bar, uma discoteca, uma livraria de música, o raio mais sofisticado, é afinal uma loja de telemóveis!!!!!!! Da Optimus, empresa do pai do administrador. Genial, não é?

terça-feira, setembro 23, 2008

Farmácias: atendimento nocturno


Ontem, pouco depois da primeira hora da madrugada, tive que ir à farmácia. Alguém torcera um pé e era necessário comprar um analgésico. Há algum tempo que não ia à farmácia durante a noite. Por isso, percebi, perdi as últimas - e duvidosas! - inovações no sistema de atendimento.
Há vários carros estacionados na rua. Há fila à porta da dita farmácia - uma das três que, diz o papel colado nas montras, tem atendimento nocturno. No primeiro instante, tenho dificuldade em perceber por que razão os clientes estão cá fora. Num segundo instante, penso que é uma daquelas farmácias em que é preciso tocar à campainha para acordar o farmacêutico. Por fim, entendo o mistério: não se pode entrar!
As farmácias com atendimento nocturno têm agora uma espécie de guichet, muito semelhante ao das estações de serviço, mas em mini-miniatura e sem qualquer visibilidade. É uma janelinha com uma panela giratória onde se deposita a receita e na qual, posteriormente, é colocado o medicamento. Se o pagamento for feito em dinheiro, a troca é semelhante. Sinistra, mas simples, apesar de tudo. Se for com multibanco, é um caso sério para colocar a máquina naquele micro-orifício. Pior do que isso, é o facto de o atendimento ser completamente despersonalizado. Ouve-se uma voz lá de dentro - "Boa noite, o que deseja? - , mas não se vê o rosto que pertence à voz. E seja de quem for o rosto, está já tão habituado àquela mecânica que se o utente - era o meu caso - quiser fazer uma pergunta já depois de ter pago, é tarde. O biombo fecha-se assim que recebe o pagamento.
Pior ainda é a falta de privacidade que, em alguns serviços, não pode - ou não deve - mesmo ser descurado. Na fila, à minha frente, havia uma rapariga nova, bonita, nervosa. Quando chegou a vez de ser atendida, olhou para trás, para a frente, para os lados, quase me cedeu a vez. Ignorei e lá acabou por solicitar à panela o que queria: "Um teste de gravidez, por favor". Ora, quem compra um teste de gravidez de madrugada, quando o teste de gravidez só pode ser realizado de manhã, é porque não se sente confortável a pedi-lo à frente de outras pessoas. É legítimo e devia ser um direito protegido.
Não sei se este sistema de atendimento é uma barreira contra os assaltos. O que sei é que, para isto, mais vale inventar uma máquina como a das bebidas, dos chocolates - ou, vá lá, dos preservativos - da qual seja possível recolher a medicação pretendida a troco de moedas.

terça-feira, setembro 09, 2008

20 palavras que ela não disse



No blogue que Bruce Handy tem alojado na Vanity Fair, dá conta das 20 curiosas palavras que Sarah Palin - essa criatura que, há quem acredite, pode salvar os republicanos (vá lá saber-se porquê) - não usou em nenhum momento do seu discurso durante a convenção.

Bush
Cheney
Republicano
Salários
Hipoteca
Habitação
Pobreza
Afeganistão
Bin Laden
Tortura
Guantanamo
Veteranos
Ambiente
Global
Aquecimento
Saúde
Cuidado
Aborto
Abstinência

Annie Leibovitz


Na Vanity Fair deste mês, Annie Leibovitz partilha as histórias que estiveram por trás da experiência de quatro das suas sessões fotográficas mais polémicas: Mick Jagger, Demi Moore, Arnold Schwarzenegger e a Rainha de Inglaterra. Aqui: Vanity Fair

O silêncio do PSD

Compreende-se o silêncio de Manuela Ferreira Leite. É que de cada vez que algum militante do PSD fala sai sempre asneira. Hoje foi a vez do "Absolut Jardim" reclamar - PASME-SE! - os direitos de autor da afirmação de Menezes em relação à sugestão de um congresso para regenerar o partido.
"Essa afirmação de Luís Filipe Menezes tem direitos de autor, porque eu já no congresso em que ele tomou posse, disse que no primeiro trimestre do ano eleitoral, em 2009, o partido devia fazer uma avaliação de quem fosse o líder e decidir em conformidade", declarou o líder madeirense.

segunda-feira, setembro 08, 2008

Candidato à liderança do PSD sim; a Primeiro-ministro não


Luís Filipe Menezes assegura que não é sua intenção “desgastar a actual líder do PSD”, mas as críticas que lhe dirigiu, hoje, na Sic Notícias, foram mais corrosivas do que a apreciação feita pelo próprio primeiro-ministro. Entrevistado por Mário Crespo, no Jornal da Noite, o autarca de Gaia, que antecedeu Manuela Ferreira Leite na presidência do partido, acusou-a de “não apresentar propostas concretas capazes de mobilizar os portugueses”, optando por “um discurso [Universidade de Verão, em Castelo de Vide, após um mês de silêncio] deprimente, negativista, derrotista”. E foi mais longe: “Se o Governo não tem resultados, a Oposição também não dá horizontes”.


Menezes não perdoa a Ferreira Leite os quase sete pontos percentuais que separam, nas sondagens, o PSD do PS. “Isto, precisamente no pior período da governação de Sócrates”, contestou. O autarca não hesitou em defender um Congresso para encontrar um novo líder capaz de disputar as eleições legistativas – “Se as coisas não melhorarem, o PSD deve fazer uma reflexão no início de 2009 para encontrar um líder e rever a ideologia” –; nem exclui a hipótese de voltar a candidatar-se, mas apenas num contexto de liderança bicéfala, em que “o líder não seja o candidato a primeiro-ministro”.


Até lá, Menezes vai continuar a criticar o partido de que é militante. Não porque não se identifique com ele; mas por acreditar que é “da dialéctica do confronto que aparece a luz”. E ele, insiste, acredita na “regeneração do PSD”, embora defenda que, no futuro, “para fazer sentido num país assimétrico”, ele deve ser “descomplexadamente liberal”.