Há música a voar na rua e só eu ouço. Borboletas de fingir a aterrarem-me no corpo, ursos de plástico a dançar à janela, flautistas de gargalhadas largas. E ilusões rápidas. O sol queima-me a pele, apesar de ser noite e estar a chover. Ainda há motivos para rir, mesmo que tudo vá morrer daqui a pouco e o silêncio vá engolir a tristeza que há-de vir. Ainda parece bonito. O fogo de artifício com cores de arco-íris. Tudo inventado.
Ninguém quer o amor; só o bocadinho de cor que existe no desejo.
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