sábado, setembro 26, 2009
Tentativa involuntária de suicídio
quarta-feira, setembro 23, 2009
sexta-feira, setembro 18, 2009
Finalmente, uma casa para as histórias de Paula Rego
A discrição é coisa que se anuncia?!
Cavaco Silva
Kasparov x Karpov
Kasparov e Karpov queriam realmente ganhar um ao outro ou queriam na verdade ganhar-se?
Kasparov começa entretanto a lutar noutros tabuleiros. Em 2005, depois de 20 anos ininterruptos como número um, torna-se activista político. Foi preso pelo menos duas vezes por liderar manifestações contra o regime de Vladimir Putin, contra quem chegou mesmo a candidatar-se. E foi ali, dentro de um cela, que Kasparov voltou a ver, a receber Karpov, entretanto tornado embaixador da UNICEF. Para retribuir o gesto, fê-lo publicamente em Moscovo. E o mundo ficou a saber que entre eles existe muito mais do que apenas rivalidade, mesmo que nunca antes o tenham verbalizado. Não sabe a história de amor?!
E agora, os velhos K&K reeencontrar-se-ão outra vez. Em Valencia, Espanha, na próxima segunda-feira. Agora, depois de um quarto de século passado sobre a altura em que se viram pela primeira vez. Para celebrar essa rivalidade - que é também, só pode ser, respeito. Ou mais. Dura há 25 anos.
É amor. Quase posso jurar.
quinta-feira, setembro 17, 2009
quarta-feira, setembro 16, 2009
terça-feira, setembro 15, 2009
Regina
Conhecemo-nos no equador do percurso académico, a meio. O mesmo curso, mais ou menos as mesmas pessoas. Pelo menos, muitas das que eram importantes para mim eram igualmente importantes para ti. Tu já lá estavas, na Universidade, quando eu cheguei. Somos as duas da mesma fornada, 77, mas tu entraste um ano mais cedo para a escola ou fizeste dois num, já não me lembro. Seja como for, não é surpreendente em ti. Às vezes, dava comigo a pensar que tu sabias tanto, que estavas tão à nossa frente, que não entendia como podias aceitar fazer parte daquele rame-rame.
No ano em que começámos a falar, eu estava adormecida, quase moribunda, com o interruptor da vida desligado. A vida tinha-me subtraído tanto em tão pouco tempo que não sabia como sair dali. Tinha deixado de falar, de rir, de sair. Definitivamente, tinha deixado de ter paciência para ir às aulas. Já tinha feitos TACs e exames vários, já me tinham sido diagnosticadas todas as espécies possíveis de neuroses, já tinha engolido toda a espécie de comprimidos. E nada. Nada parecia ser suficientemente eficaz para me devolver à terra dos vivos. Até que tu, vá lá saber-se porquê, começaste a procurar-me no único sítio onde poderias encontrar-me: em casa. E aparecias sempre com uma alegria, com uma Primavera tão grande dentro de ti, e eu gostava tanto de te ver, de te ter ali, estava tão encantada contigo, que comecei a sorrir só para tu não ires embora. Para poderes gostar de mim. Para não te fartares daquela minha tristeza. E quando dei conta, tinha reaprendido a rir, a sair. A viver. E não há nada que se possa dizer ou fazer por alguém que seja suficientemente grande para agradecer o ter-nos devolvido a capacidade de rir, de viver. De continuar. A não ser talvez jurar amizade eterna. E eu jurei numa das mil e uma cartas que te escrevi e entreguei à mão e por baixo da porta de tua casa. E, mais tarde, por correio, quando regressaste a casa, a Lisboa, com um sotaque que te queixavas de nem ser de lá nem de cá. Altura em que decidiste colocar no nariz um piercing que nunca cheguei a ver.
Mas vejo a Barbie que me ofereceste quando fiz 20 anos. Estavas farta de ouvir as minhas piadas sobre nunca ter tido uma Barbie quando era pequena e quiseste colmatar a falha num gesto que ainda hoje me leva às lágrimas. Foi a minha primeira e obviamente a minha única Barbie. E é a única boneca que guardo, a única que sobreviveu a um Natal em que decidi dar tudo o que tinha coleccionado até aí. Olho para a Barbie e penso que é como é possível termo-nos perdido. Eu tinha um namorado, quase tão ruivo como nós, ou tão louro como tu, que eu amava e tu amavas, mas de formas diferentes. E o amor da amizade, sabíamos as duas, havia de durar mais que o amor dos namorados. Mas tu ameaçavas-me, dizias que se não houvesse casamento, bem podia esquecer os paninhos de cozinha que prometeste bordar como presente. E de seguida, bem podia esquecer-te a ti. Às vezes penso se era a sério o que dizias a brincar. Mas não, não podia ser.
A verdade é que se há dez anos alguém me dissesse que quando o teu filho nascesse, o teu filho a quem, cumprindo uma das tuas teimosias, deste o nome do rapaz que te escreveu a primeira carta de amor, andavas tu na quarta classe; se me dissessem que eu não não estaria lá, ao teu lado, no dia em que foste mãe, eu não acreditaria. Se há dez anos me dissessem que não estaria contigo no dia em que perdeste a tua mãe, a tua mãe que só conheci por telefone, que só iria saber disso muitos meses depois, eu acharia que o mundo estava todo do avesso. Louco. E, no entanto, não estive lá. Não estive lá, nem em nenhum dos momentos que terão sido seguramente os mais importantes da tua vida. Não te vejo há tanto tempo que já nem sei quanto tempo passou.
Ou talvez te tenha visto no Verão do ano passado, no Alentejo. Não sei. Acordei daquele torpor do calor e quando olhei para o lado, a duas ou três toalhas de distância, vi uma rapariga como tu, com o teu sorriso, com a tua forma de falar, de andar, que é andar aos saltinhos, e ao lado uma criança que deveria ter três ou quatro anos a chamar-te mamã. Os dois em direcção à água com uma prancha de body board. Eras tu? Eras, não eras? Sabes o que fiz? Tentei voltar a adormecer pra me esquecer de ti, daquela improbabilidade que me soube a amarga ironia, mas comecei a chorar antes de conseguir adormecer. A chorar de raiva. Pela falta de coragem de ir ter contigo, falta de coragem para te abraçar, para te dizer que não sei por que raio nos perdemos, mas que eu morro de saudades tuas. Quis sair dali. Depressa. E saí. Para fugir de ti. Porque não queria um encontro de circunstância. Como não o quis quando marcaste, através um mail colectivo, um jantar cá em cima. Queria estar sozinha contigo. Sempre fui muito monopolizadora, eu sei. Sempre quis as pessoas só para mim. Sempre te quis só para mim. Tu queixavas-te disso. "O sol não nasce só para ti, lindinha!"
Não penso em ti todos os dias. Não penso em ti sequer todas as semanas. Mas penso em ti infinitamente mais vezes do que aquelas que estarás se calhar disposta a acreditar. E nunca me esqueço, nunca me esqueci durante este tempo todo, do teu aniversário. Há anos em que penso até que seria um bom pretexto para te escrever, para te telefonar. Mas depois falta-me coragem. A mesma que me faltou quando há dois ou três meses soube da tua mãe. Vou dizer o quê? Que gosto muito de ti? Que gostei sempre? E isso serve-te de quê, não é?
Quando surgiu esta coisa do Facebook, inscrevi-me e cliquei logo o teu nome no motor de busca. Mas tu não estavas lá. Chegaste agora, há duas ou três semanas. Adicionei-te meia a medo, meia em histeria. E aguardei um qualquer sinal teu. Como quando me guiavas pelo Tirol com os teus mapas, dizendo-me quando podia passar. Mas tu não deste sinais. Acordava, ligava o computador e ia sempre ver. Nada. Até que hoje comentaste uma das minhas fotografias. Estivemos as duas em Paris em Novembro de 2007, dizes. Era só disso que eu precisava. Do teu sinal. E se bem te conheço, vais odiar que te escreva publicamente quando poderia tê-lo feito simplesmente para ti. Ou pegado num telefone. Mas eu não consigo fazer isso. Não me perguntes porquê. E depois, apetece-me mesmo fazer-te esta declaração pública. De amor. Ou este público acto de contrição.
Eu costumava dizer que tu eras um dos meus cinco dedos da mão, uma das minhas cinco melhores amigas. Sem ti, durante estes anos todos, perdi o indicador. E não imaginas a falta que ele me fez. A falta que tu me fizeste. E fazes.
domingo, setembro 13, 2009
Round X: Sócrates 10 - Ferreira Leite 0
sábado, setembro 12, 2009
Da Eurosondagem para o Expresso, SIC e RR
PSD: 32,5%
BE: 9,6%
CDU: 9,4%
CDS: 8%
Outros: 6,9%
[Entrevistas directas e pessoais realizadas entre 6 e 9 de Setembro.
De um universo de 2269 entrevistas foram validadas 2025.
sexta-feira, setembro 11, 2009
Round IX: Portas 0 - Louçã 0
A tradição já não é o que era...
Será que esta maltinha marxista que está aqui toda contentinha a bater palminhas aos Blind Zero sabe que o rapaz que está a cantar não é bem-bem um camarada? Que é mais bloquista?! Que é mandatário do BE por Gaia?! Que erro de casting...
Gosto dela!
Nekrosius volta ao TNSJ
Íntima Fracção
Recordo-me do longo e trágico monólogo - A Voz Humana. A voz pode quase tudo e ao mesmo tempo é inútil. Não é a voz, é o discurso. E onde se apoia hoje o discurso ? Para os corações gelados de alguns, ele só existe dentro de si próprios, não dos outros. O eco desapareceu. As vozes únicas estão sumidas. Delego então a minha própria voz, o meu coração, nas palavras articuladas por Ingrid Bergman : " i can hear music".
quinta-feira, setembro 10, 2009
Round VIII: Ferreira Leite 1 - Paulo Portas 0
Mr. Vertigo
Paul Auster
quarta-feira, setembro 09, 2009
terça-feira, setembro 08, 2009
Round VI: Grande goleada de José Sócrates sobre Francisco Louçã
Quem achava que ia ser o debate mais temido de Sócrates enganou-se. Foi o debate em que esteve melhor. Todos os truques que não resultaram com Portas desarmaram facilmente Louçã. O líder do Bloco de Esquerda teve talvez a sua pior prestação de sempre. Ficámos sem perceber como é que um partido que não quer ser governo diz que se "candidata para vencer a crise". Mas ficámos sobretudo sem perceber como é que um partido tão pós-moderninho apresenta ideias tão desajustadas da realidade. (Volto a isto amanhã)
segunda-feira, setembro 07, 2009
AS(fix)IA Democrática
domingo, setembro 06, 2009
Micro Audio Waves in Zoetrope
sábado, setembro 05, 2009
sexta-feira, setembro 04, 2009
O ginásio de Rui Rio
quinta-feira, setembro 03, 2009
Eu não tinha dito que o sol faz mal a Aguiar Branco?
Round I: Sócrates 0 - Portas 1
quarta-feira, setembro 02, 2009
Os dez debates eleitorais
José Sócrates - Paulo Portas
Amanhã, dia 3, SIC
Francisco Louçã - Jerónimo de Sousa
Sábado, dia 5, RTP
José Sócrates - Jerónimo de Sousa
Domingo, dia 6, TVI
Francisco Louçã - Manuela Ferreira Leite
Segunda, dia 7, SIC
Paulo Portas - Jerónimo de Sousa
Terça, dia 8, RTP
José Sócrates - Francisco Louçã
Quarta, dia 9, TVI
Manuela Ferreira Leite - Jerónimo de Sousa
Quinta, dia 10, RTP
Paulo Portas - Manuela Ferreira Leite
Sexta, dia 11, RTP
Paulo Portas - Francisco Louçã
Sábado, dia 12, SIC
José Sócrates - Manuela Ferreira Leite