Quando Rui Moreira afirmou, numa entrevista à revista Tabu, do Sol [19 de Julho], que "há uma enorme portofobia no país", ninguém, ou seja, ninguém da ilustre capital, ou seja, ninguém do país o levou mais a sério do que leva aqueles bairristas patéticos e tacanhos. Ou seja, não levou a sério. E no entanto o presidente da Associação Comercial do Porto anda por aí transformado num caso de popularidade como não há memória. No entanto, faz-se zapping pela imprensa, e o resultado é claro. Quem quer viver no Porto?
Pedro Santos Guerreiro, director do Jornal de Negócios, na Sábado:
[31 de Julho]
[31 de Julho]
"Já o Norte definha. São as estatísticas que o dizem: a região está a ficar pobre, com o mais baixo rendimento per capita do país, em perda anual de produção e produtividade. Mesmo os portuenses, os mais "ricos" da região, estão apenas na média de "PIB per capita" nacional, enquanto a grande Lisboa tem 165% dessa média. Não é apenas por convicção que do Norte emergirá uma nova discussão sobre a regionalização. É por instinto de sobrevivência."
Kathleen Gomes, no Ypsilon, do Público:
[25 de Julho]
"Nunca agradeceremos o suficiente à cinemateca ter-nos mostrado filmes que não veríamos de outra forma (a lista é tão grande que é melhor nem começar). Vamos sempre pensar que temos todo o tempo para ver os filmes que ainda não vimos (e até podiamos ver de outra forma, mas tem que ser ali), que podemos fazer gazeta ou ter o estômago vazio por causa do cinema apesar de já passarmos dos 30, que gostavamos de saber mais do rapaz que se sentou ao nosso lado no autocarro 706 a ler a folha da cinemateca sobre o Bresson que passou nessa noite (apesar de já passarmos do 30). Quando pensamos em tudo isso, é verdade: não nos apetece viver no Porto."
Algures em Julho, Alberto Gonçalves, na Sábado, também descrevia o Porto como uma cidade que se apaga às 18 horas...
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