quinta-feira, julho 23, 2009
Henry James: A fera na selva
quarta-feira, julho 22, 2009
Philip Roth: O fantasma sai de cena
terça-feira, julho 21, 2009
Tutear
segunda-feira, julho 20, 2009
José Eduardo Agualusa: "Barroco Tropical"
Há qualquer coisa em Agualusa que me impede de saber se a imaginação dele é realmente prodigiosa ou se tem apenas um prodigioso arquivo de lendas e histórias ouvidas, saberá ele onde, para derramar com invulgar talento nas suas próprias histórias. Seja como for, "Barroco Tropical", o seu mais recente romance - excessivo em quase tudo: no número absurdo de personagens absurdas, de micro histórias, de esoterismo (anjos também, um com asas pretas: lindo!), de surrealismo, de parêntesis -, é para ler com uma bomba-relógio no coração, em ânsias. Ânsia de chegar ao fim e desvendar porque raio aquela mulher, Núbia de Matos, "puta e pura", cai do céu para se estatelar morta no chão. E não só.
Íntima Fracção
Comboios, barcos e aviões:
Comboios, barcos e aviões são meios de transporte muito úteis. O mundo tornou-se pequeno. Eles aproximam-nos e separam-nos...
http://aeiou.expresso.pt/comboios-barcos-e-avioes=f525931
Beep beep beep:
Tocam as buzinas dos carros nas ruas. O som é sempre o mesmo, mas novinho em folha. Tal como o bater do coração, em música de cordas para a vida. Talvez uma religião : salvadora. http://clix.expresso.pt/beep-beep-beep=f521071
domingo, julho 19, 2009
Miguel Guedes
Miguel Sousa Tavares (ainda)
"O tempo mostra-nos quem foram as pessoas realmente importantes na nossa vida, mesmo que tenham estado lá pouco tempo. E quem foram as outras que esquecemos ou que teríamos feito melhor em esquecer. O tempo traz-nos essa divisão de águas em relação a tudo, é um seleccionador de escolhas."
Miguel Sousa Tavares, entrevista ao JN
segunda-feira, julho 13, 2009
Quiz XII
domingo, julho 12, 2009
Francisco Assis
Francisco Assis, Farpas JN
quarta-feira, julho 08, 2009
O super-herói do PS
terça-feira, julho 07, 2009
Miguel Sousa Tavares: "No teu deserto"
SIC na Ronaldomania
domingo, julho 05, 2009
Grande Miguel Sousa Tavares II
José Lello
sábado, julho 04, 2009
Benfica
Manuel Pinho num país de cínicos
sexta-feira, julho 03, 2009
As perguntas que nunca lerei
Grande Miguel Sousa Tavares!
Boaventura de Sousa Santos
quinta-feira, julho 02, 2009
quarta-feira, julho 01, 2009
Pedro Burmester
Gosto do Pedro Burmester. De todas as pessoas que entrevistei nos últimos anos - e, bem ou mal, são algumas centenas -, ele é talvez aquela que mais gostei de entrevistar. Não porque, ao contrário do que acontece noutros casos, a conversa se tenha prolongado para lá do stop no gravador, não porque as perguntas lhe tenham roubado respostas particularmente palpitantes, nem porque do texto final tenha resultado um orgulho especial. Mas porque é talvez a única pessoa que entrevistei que em nenhum milésimo de segundo foi aquilo que não é. É honesto do princípio ao fim, de tal forma honesto, que não deixa sequer margem para que por um raro minuto se possa duvidar do que está a dizer. É daquele tipo de pessoas, raras, em que a nobreza de carácter lhe sai por todos os poros.
Este domingo, deu uma entrevista a Sérgio Costa Andrade, na Pública do Público. Raro vê-lo por aí a dar entrevistas, esta foi, se não estou em erro, talvez a primeira desde que saiu da Casa da Música. Fala dela, da Casa que criou, "sem tabus". E do piano, e do futuro, e de Rui Rio, e do Porto clube e do Porto cidade. E honra a palavra, mantendo a coerência: com as sondagens a darem maioria absoluta ao presidente da Câmara, ele não deverá tocar na cidade antes de 2013.
Mas quem acompanhou minimamente as notícias que saíram nos últimos anos sobre o atabalhoadíssimo parto da Casa da Música, não pode deixar de sentir algum desconforto com esta entrevista. Burmester diz que está pacificado, que encerrou um capítulo, que cumpriu a missão, admite até o que sempre se soube, que engoliu sapos, que calou as críticas a Rui Rio só para não prejudicar o projecto. E claro que nem todas as pessoas que fazem alguma coisa bem feita precisam de ter uma estátua plantada numa qualquer praça da cidade ou o mundo a ajoelhar-se-lhe eternamente aos pés. Mas, caramba, algum dia esta cidade (este país?) irá agradecer realmente a Casa da Música que ele, literalmente, pariu? E algum dia esta cidade (este país?) saberá reconhecer o quanto essa mesma Casa da Música teria sido, ainda hoje, sobretudo hoje, tão diferente se não lhe tivessem dado a meio da gravidez uma injecção, que não a matou, mas enfraqueceu para sempre?
Hoje, Pedro Burmester volta ao palco, num recital a solo, no Festival de Música de Sintra.