Já está preparado para voltar a viver em Portugal?
Sim, se se proporcionar.
Como interpreta a ausência de Manuel Alegre nas listas?
Há várias pessoas que não estão nas listas porque não querem estar. E é o caso. (...) É uma pena que haja quem se autoexclua da questão fundamental que se vai colocar aos portugueses no dia 27 de Setembro: que Governo é que os portugueses querem?
Não havendo maioria absoluta, qual a solução de Governo que advoga?
Uma solução política que não passe por uma maioria parlamentar é uma solução precária e negativa. Um governo minoritário só deve acontecer em último recurso.
Fala de acordos de incidência parlamentar ou de coligações de Governo?
As coligações são instrumentos de governação normais na maior parte dos países da Europa, não percebo porque é que em Portugal há pavor de coligações! Se o PS vencer as legislativas sem maioria absoluta deve desafiar o PCP e o BE. E no caso dessas negociações não conduzirem a nenhum resultado deverá virar-se para o PSD.
Ainda sobra o CDS.
É a solução a não colocar. Fico perplexo quando vejo a continuação do discurso contra medidas como o Rendimento Mínimo Garantido - se não existisse, hoje haveria dezenas de milhares de pessoas na pobreza.
O que pensa do debate em torno dos grandes investimentos públicos?
A questão que se coloca é a maneira de Portugal fugir a uma situação de periferização. Por isso, faz-me confusão que se possa admitir que faz sentido não ter linhas de alta velocidade que nos liguem ao resto da Europa. Faz-me confusão colocar a discussão sobre o novo aeroporto como se colocava há 30 anos. Um grande aeroporto é hoje um elemento estratégico de organização territorial e de articulação do país com o resto do mundo. Do ponto de vista do financiamento, é claro que as questões têm de ser estudadas. A análises custo/benefício é algo que leva a uma responsabilidade política de quem decidir.
[Entrevista ao Expresso, hoje]
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