Elisa Ferreira pode até nem ganhar as eleições para a Câmara do Porto, como prevêem as sondagens publicadas até agora. Mas as soluções que tem sucessivamente apresentado para a cidade mostram: 1) que ela vale mais sozinha do que o aparelho socialista do Porto, do qual conseguiu, felizmente, desinvecilhar-se; 2) que ela não desistiu, o que não é facil num cenário onde quase tudo lhe tem corrido mal, a começar pela estratégia de comunicação; 3) um programa eleitoral pensado, sustentado, viável, ambicioso e sobretudo menos preocupado com os votos do que com a qualidade de vida da cidade e consequente progressão social das pessoas. As soluções que apresentou ontem para a área da educação (lembrem-me, por favor, de uma única medida educativa de Rui Rio em oito anos...), repletas de projectos para retirar a população da pobreza a que se habituaram a estar condenadas - pobreza de espírito! - hão-de render-lhe poucos votos, mas fazem voltar a ter vontade de viver nesta cidade, caso ela a liderasse; 4) a lista que apresentou é absolutamente surpreendente e notável. Não podia ser mais distante do mais-do-mesmo. Tem apenas um defeito que a pode matar: caso o PS vença, todos os elementos ocuparão os devidos lugares; caso perca, poucos parecem dispostos a assumir a oposição. É pena. Por duas razões: primeiro, porque não pode haver corridas inconsequentes, mesmo quando se perde; segundo, porque ficaremos sempre a remoer no que poderia vir a ser o Porto se aquelas pessoas, as dela, quisessem realmente dar o seu contributo, independentemente do lugar que viessem a ocupar (e se Rio aprendesse as regras da boa convivência, claro!)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário