Querida Wookie,
Calaram-se os fados, os remotos poemas, as noites boémias,
Agora é o tempo em que as horas pararam,
Em que as pétalas, umas após outras, caíram.
Querida Wookie, minha querida,
Este é o lugar onde a loucura tomou conta de mim,
Onde os demónios me percorrem as veias,
Onde a chuva não pára.
Diz-me que o fim não terminou.
Saudades, oxalá não as tivesse.
A minha confiança repousa nos momentos que tivemos,
Momentos perdidos que a memória refresca,
Momentos em que os meus sonhos eram os teus.
Tu não sabes, esqueci-me de tudo,
Da Terra, do Sol, das estrelas.
Surgem só, incompletas, as reminisciências desse passado adorado,
Sou perseguido pela brisa do "passou", do "viveu", do "amou".
Do "morreu".
Diz-me que nada acabou, que tudo recomeça,
Diz-me que o presente não nega o futuro.
Deitar sonhos abaixo é o que mais me arrepia,
Ter-te feito isso, não entendo.
Fiz-te o que me fizeram, os motivos talvez tenham sido outros,
Se é que de alguma forma existem motivos para destruir sonhos.
Sei que nunca me vais perdoar
Porque destruí o teu sonho por dentro,
Uma implosão.
Odeio-me por isso, por não te merecer.
Odeio-te por isso, por não seres capaz de me perdoar.
c.a.
sábado, fevereiro 06, 2010
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